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Animais de Companhia

Conheça os hábitos e as tendências dos tutores de animais em Portugal e Espanha

Conheça os hábitos e as tendências dos tutores de animais em Portugal e Espanha

A presença dos animais de companhia nas rotinas familiares e sociais está a crescer tanto em Portugal como em Espanha, com uma expressão particularmente mais acentuada no contexto espanhol.

É a conclusão do estudo “Barómetro de Hábitos e Tendências dos Tutores de Animais de Companhia em Espanha e Portugal 2025”, um projeto da IBERZOO PROPET, em parceria com a Associação Espanhola da Indústria e Comércio do Setor do Animal de Companhia (AEDPAC).

 

O estudo traça um retrato aprofundado dos comportamentos e preferências dos tutores de animais de companhia na Península Ibérica, revelando tendências emergentes, padrões de consumo em evolução e novas exigências que estão a moldar o mercado pet.

Segundo a análise, mais de metade dos lares em ambos os países têm, pelo menos, um animal de companhia, com Portugal a liderar na adoção e esterilização, enquanto Espanha se destaca pela consciência e envolvimento em causas de bem-estar animal.

 

A grande maioria dos inquiridos considerou os seus animais “membros da família”, e essa ligação afetiva reflete-se também nos hábitos de consumo. Em Espanha, 76% dos tutores oferecem presentes de Natal aos seus animais, com um gasto médio de 23 €, cerca de 44% mais do que em Portugal, onde o gasto médio se fixa nos 20 €.

Além disso, a presença dos animais em eventos familiares e fotos de grupo é cada vez mais comum, com 77% dos espanhóis e 66% dos portugueses a incluírem os seus pets.

 

Embora a tradição de ter animais em casa seja forte em Portugal (79% dos inquiridos sempre conviveram com um), em Espanha nota-se uma nova vaga de “petparents de primeira viagem”, especialmente nos jovens entre os 25 e os 34 anos, com estes a planearem ter mais animais no futuro.

Portugal tem mais “companheiros felizes” (tutores descontraídos e satisfeitos), enquanto Espanha apresenta mais perfis “apaixonados” ou “conscientes e responsáveis”.

 

O estudo também revelou diferenças culturais entres os dois países, com os espanhóis a demonstrarem ser mais adeptos da tecnologia aplicada ao cuidado animal, com maior uso de câmaras de vigilância, comedouros automáticos e gadgets inteligentes. Por outro lado, os portugueses mantêm uma abordagem mais tradicional, com menor uso de dispositivos, mas maior presença em lojas físicas. Em Portugal, 1 em cada 2 pessoas não utiliza nenhum destes dispositivos, mostrando menor digitalização no cuidado animal.

Apesar da preocupação com a saúde animal (com visitas regulares ao veterinário), serviços como estética, creches ou acompanhamento comportamental continuam a ter baixa adesão em ambos os países.

Na hora de alimentar os seus animais, os espanhóis dão preferência a marcas de fabricante, mesmo que isso represente um custo superior. Já os portugueses mostram-se mais abertos às marcas próprias, procurando equilíbrio entre qualidade e preço.

Em Espanha, o gasto médio mensal por animal é de 159 €, contra 143 € em Portugal. A alimentação representa a maior fatia desse gasto — cerca de 40% — e, mesmo em tempos de contenção, a maioria dos tutores resiste em trocar produtos de qualidade por opções mais baratas.

A investigação também revelou que mais de 60% dos espanhóis sentem dificuldades em usar transportes públicos com os seus animais, e quase 60% consideraram que ainda faltam espaços pet-friendly. Em contraste, Portugal apresenta um cenário mais favorável nesse aspeto.

O estudo baseou-se em 1.413 entrevistas (709 em Espanha e 704 em Portugal), refletindo os comportamentos de mais de 2.900 animais de companhia.

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