O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) publicou um relatório com recomendações para os Estados-Membros que pretendem melhorar a vigilância e a deteção precoce da gripe zoonótica em humanos.
Entre as recomendações está a monitorização de pessoas que estiveram em contacto com animais infetados por um período de 10 a 14 dias. Os indivíduos que desenvolverem sintomas devem isolar-se e submeter-se a testes. Por outro lado, as pessoas assintomáticas expostas também devem ser avaliadas caso a caso.
Em ambientes hospitalares, o ECDC recomendou que pacientes com sintomas respiratórios ou sinais de encefalite sejam submetidos ao teste de gripe A e, se o resultado for positivo, à subtipagem do vírus.
De acordo com o documento, vão também realizar-se investigações aos grupos de casos graves de infeções respiratórias, sugerindo testes específicos para a gripe zoonótica quando uma causa específica não é identificada.
No mesmo sentido, a vigilância das águas residuais também está a emergir como uma ferramenta inovadora para monitorizar a circulação da gripe aviária em áreas com surtos em animais.
Atualmente, seis países implementaram a monitorização de águas residuais para este fim e outros manifestaram interesse em aderir a esta atividade, em linha com a prática já implementada nos Estados Unidos da América (EUA).
“A vigilância de águas residuais permite a identificação precoce da presença do vírus em áreas específicas, complementando os sistemas tradicionais de vigilância”, explica o documento.
De acordo com a informação, as autoridades de saúde europeias vão continuar a ajustar estas recomendações à medida que a situação epidemiológica evoluir, avançando que vão ser publicadas atualizações s regulares nos relatórios trimestrais de monitorização da gripe aviária.
Além disso, as autoridades de saúde europeias sublinharam a importância de sensibilizar os profissionais de saúde dos cuidados primários e secundários para este tema, sublinhando a necessidade de informarem os seus pacientes sobre possíveis sintomas de gripe zoonótica e a considerar o histórico de exposição a animais, particularmente em áreas com surtos de gripe aviária em aves ou mamíferos.