A velocidade dos cavalos regista uma maior quebra devido ao tempo quente do que a dos humanos, revelou um estudo realizado por investigadores da Universidade de Roehampton, no Reino Unido, que analisou o efeito da temperatura ambiente na velocidade de cavalos de corrida e humanos.
Como parte da pesquisa, foram analisados os tempos de três corridas internacionais “homem versus cavalo”, que envolveram 260 humanos e 358 cavalos com cavaleiros em percursos de mais de 30 quilómetros. Foram também analisadas as temperaturas ambiente dos dias de corrida a partir dos registos meteorológicos arquivados na estação meteorológica mais próxima.
A conclusão foi que por cada 1º C de aumento da temperatura ambiente no dia de uma prova, o ritmo dos cavalos diminuiu em média 0,11 km/h. Por sua vez, no caso dos humanos, diminuiu 0,07 km/h. Este decréscimo foi 36% menor nos humanos.
Em dias de temperaturas altas, os atletas humanos mais rápidos eram quase tão rápidos quanto os cavalos mais rápidos.
“Os cavalos têm sistemas cardiovasculares superiores aos humanos, pelo que não é surpreendente que sejam tipicamente mais rápidos do que os humanos numa corrida frente a frente. No entanto, o intervalo de tempo entre os dois aproxima-se em dias mais quentes”, explicam Lewis Halsey, professor da Universidade de Roehampton, e o coautor e investigador independente Caleb Bryce.
“Em termos simples, os humanos suam mais facilmente, pelo que têm um sistema de arrefecimento incorporado que atenua o efeito do calor. Os cavalos são maiores, e não descarregam o calor tão eficazmente”, acrescentam.