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Animais Selvagens

Empresa de biotecnologia anunciou o ‘regresso’ de um lobo extinto há mais de 10 mil anos

Empresa de biotecnologia anunciou o ‘regresso’ de um lobo extinto há mais de 10 mil anos Direitos Reservados

A Colossal Biosciences, empresa de biotecnologia sediada nos EUA, revelou ter conseguido recriar características do lobo-terrível (Aenocyon dirus), uma espécie que se extinguiu há cerca de 10 mil anos, através de técnicas avançadas de edição genética e clonagem, resultando no nascimento de três crias: Romulus, Remus e Khaleesi.

Quando descobrimos que tínhamos filhotes solteiros em cada uma dessas ninhadas, esse talvez não fosse o resultado ideal, mas é bastante ideal”, disse Matt James, diretor de animais da Colossal. “Não queríamos de repente ter 25 lobos terríveis nas nossas mãos, certo? Isso teria sido muito difícil de administrar.”

 

Para o conseguir, os cientistas da empresa extraíram ADN de fósseis deste animal com 13 mil e 72 mil anos, respetivamente e compararam esses genomas com os dos lobos modernos, identificando 20 modificações genéticas em 14 genes responsáveis por características distintivas do lobo-terrível, como maior porte e pelagem branca.

Estas alterações foram introduzidas em células de lobos modernos, cujos embriões foram posteriormente implantados em cadelas que serviram como ‘mães de aluguer’. O resultado foram três crias que exibem traços físicos semelhantes aos do lobo terrível.

 

Dois dos filhotes de lobo-terrível machos nasceram em outubro de 2024, enquanto a fêmea nasceu em janeiro de 2025.

Apesar do entusiasmo gerado pelo anúncio da Colossal Biosciences, vários especialistas já manifestaram ceticismo quanto à autenticidade destes animais como verdadeiros lobos terríveis.

 

“Este marco extraordinário é apenas o primeiro de muitos que virão, provando que a nossa tecnologia de ‘desextinção’ é eficaz”, afirmou Ben Lamm, cofundador e CEO da Colossal. E continua: “a nossa equipa conseguiu utilizar ADN extraído de um dente com 13 mil anos e de um crânio com 72 mil anos para dar vida a filhotes saudáveis com as características do lobo-terrível”.

“O nosso objetivo com a ‘desextinção’ não é recriar algo que seja 100% geneticamente idêntico à espécie original. O que ambicionamos é desenvolver cópias funcionais dessas espécies extintas”, explicou Beth Shapiro, diretora científica da Colossal.

 

A empresa espera que a tecnologia que criaram o lobo-terrível também possam ajudar diretamente animais em vias de extinção. Neste sentido, a Colossal Biosciences também revelou que produziu duas ninhadas de lobo-vermelho, uma das espécies de lobo mais ameaçadas, usando uma abordagem nova e menos invasiva comparativamente à clonagem do lobo-terrível.

A Colossal Biosciences também revelou estar a trabalhar para trazer de volta o mamute-lanoso e o tigre-da-tasmânia.

 

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