O flagelo da guerra na Ucrânia e a saída forçada da população para os países vizinhos, tem mobilizado associações humanitárias e de proteção animal de todos os cantos mundo que oferecem ajuda aos refugiados. Portugal não é exceção e a Associação de Proteção Animal − Condeixa Pa’tudos − é exemplo disso.
A presidente da Associação Condeixa Pa’tudos, Olga Ruth, tem estado atenta ao cenário de guerra que leva milhares de famílias a abandoarem o seu país. No meio do caos, salta à vista a força e “o extraordinário exemplo dado por aquelas pessoas que, carregadas com mochilas e sacos, pegam nos seus animais ao colo”. Com vista a atenuar o impacto e a dor destas famílias, a Condeixa Pa’tudos associou-se a uma organização humanitária anónima que se dirigiu à fronteira com a Polónia a fim de resgatar refugiados e os seus respetivos animais.
A associação disponibilizou-se para resgatar até 25 animais de companhia, mas na primeira tentativa o grupo não conseguiu chegar perto da fronteira e, por isso, não foi possível concretizar o resgate. “O cenário está caótico. Há filas de quilómetros com pessoas”, conta Olga Ruth, avançando também que o grupo está a organizar-se para voltar à fronteira brevemente.
De acordo com a presidente da associação, já existem pessoas a ofereceram-se para adotar estes animais vindos da Ucrânia. “Eu, inclusivamente, como presidente da associação, também vou ficar como família de acolhimento.”
Em declarações à VETRINÁRIA ATUAL, Olga Ruth conta que tem mantido contacto telefónico com uma ucraniana que se encontra num abrigo e que lhe vai descrevendo as dificuldades por que tem passado. “Está a ser uma calamidade”, revela.
