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Será importante educar os donos de animais de companhia para ler rótulos de alimentos?

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À medida que se assiste a uma crescente ‘humanização’ dos animais de companhia, que cada vez mais são vistos como membros da família, torna-se cada vez mais urgente ter cuidado com a alimentação. No entanto são poucos os proprietários que sabem ler e analisar os rótulos das rações e dos alimentos.

Não será também importante reconhecer uma boa nutrição como a base de uma saúde plena, à semelhança do que já é tendência na saúde humana? É precisamente sobre esta questão que se debruça Debbie Phillips-Donaldson, Editor-in-Chief do Petfood Industry, num artigo recentemente publicado.

“Eu tenho ouvido muitos profissionais da área da nutrição de animais de estimação a reclamar acerca de todas as informações erradas, especialmente na Internet, sobre os produtos e nutrição para animais. Há uma razão simples para isso: a natureza – e a internet – abomina o vácuo. Os proprietários de animais de estimação estão a pedir informações objetivas e confiáveis que possam aplicar na hora de comprar alimentos e decidir sobre nutrição. Na ausência disso, voltam-se para qualquer coisa que encontram.”

Nos EUA já é obrigatório que os alimentos para animais de estimação possuam a indicação do teor de calorias. No entanto, de acordo com Debbie Phillips-Donaldson, isso é apenas a ponta do icebergue. Os proprietários dos animais, que já estão habituados a analisar rótulos de alimentos para humanos, querem algo de semelhante para os seus animais.

É absurdo imaginar que talvez um dia possamos ver também nos rótulos dos alimentos para animais as quantidades diárias recomendadas de nutrientes para cães e gatos? Há uma forma de encapsular os Requerimentos Nutricionais para Cães e Gatos numa tabela padronizada nos rótulos?”, questiona.

Apesar de implicar trabalho, gastos e alguma regulação por parte das entidades reguladoras e fiscalizadoras, essa inovação pode inclusive representar uma oportunidade para as empresas produtoras de alimentos para animais de companhia, quer em transparência quer como ferramenta de comunicação com os consumidores, segundo a jornalista.

“Muitos médicos veterinários também estão aquém da curva de conhecimento da nutrição de animais de estimação e das suas necessidades nutricionais. No entanto, eu acredito que cada vez mais veterinários estão a tentar aprender, não só por iniciativa própria, mas também porque estão constantemente a receber esse tipo de questões por parte dos clientes”, conclui.

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