Inês Real, provedora dos Animais de Lisboa, recomendou no início deste ano à Câmara Municipal da cidade a proibição de animais acorrentados por acreditar que a situação atingiu uma dimensão “preocupante” e pode causar danos físicos e comportamentais permanentes.
De acordo com o Diário de Notícias, a provedora revelou, numa nota enviada à comunicação social, que pretende que a Câmara Municipal de Lisboa proíba através de regulamento municipal “o acorrentamento de animais de forma permanente na cidade, situação que tem vindo a assumir uma dimensão que preocupa esta entidade.”
A recomendação da provedora dos Animais de Lisboa é fruto de várias denúncias realizadas por cidadãos em 2015. De acordo com o jornal, que cita Inês Real, “um dos casos mais graves foi uma denúncia em relação ao acorrentamento, por tempo indeterminado, de dois gatos. Na altura constatei que, contrariamente à minha recomendação, as autoridades não recorreram à apreensão cautelar dos animais.”
A provedora já pediu também à Ordem dos Médicos Veterinários um parecer acerca das “possíveis implicações que este meio de contenção pode ter na saúde dos animais” e indica que o organismo considerou que “o acorrentamento por períodos prolongados pode provocar lesões nos animais.”