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OM apresenta hoje nova proposta de alteração do Código Deontológico

OM apresenta hoje nova proposta de alteração do Código Deontológico

A proposta de alteração do Código Deontológico da Ordem dos Médicos (OM) vai ser apresentada hoje pelo Conselho Nacional Executivo, um ano depois do antigo ministro da Saúde ter tentado obrigar os médicos a alterar este documento.

Segundo a “ Rádio Renascença”, só agora parecem estar criadas as condições para rever o Código Deontológico que tem vindo a causar grande polémica por considerar «falta grave» a prática da interrupção voluntária da gravidez (IVG).
Pouco tempo depois do referendo sobre a descriminalizou a IVG, Correia de Campos quis forçar os médicos a alterarem o código, tendo solicitado um parecer à Procuradoria-Geral da República, que considerava que o código violava as normas do Código Penal.
Contudo, o bastonário da OM não cedeu, acusando mesmo o Governo de se intrometer na esfera ética que diz respeito apenas aos médicos. O Código não foi alterado, apesar do próprio Procurador ter declarado que iria avançar com uma acção contra a Ordem.
Meio ano depois, o Conselho Executivo liderado por Pedro Nunes vai apresentar um novo Código Deontológico, que prevê várias alterações, sendo que deverá integrar menos artigos que o actual e resulta da compilação de várias propostas.
Segue-se um período de discussão pública entre a classe médica que vai durar até dia 30 de Setembro. Depois, será elaborada a versão final.

Médicos têm liberdade para realizar abortos
Com a alteração do Código Deontológico, a prática de aborto vai passar a depender apenas da convicção de cada médico sobre o início da vida, noticia o “Correio da Manhã”.
A ideia acentuada é a de que um médico deve defender, acima de tudo, a vida e não pode contribuir para o seu fim. Mas garante que cada profissional possa decidir livremente se às dez semanas, o prazo permitido por lei para o aborto a pedido da mulher, o feto já é vida humana.
Desta forma, salienta-se que as regras da ética médica não se podem sobrepor às leis gerais, logo um clínico não será punido disciplinarmente por fazer um aborto que a lei permite.
Contudo, mantém-se a ideia de que um atentado à vida é uma falha deontológica grave, vingando a ideia sempre defendida pelo bastonário Pedro Nunes.

 
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