Através de um comunicado, os investigadores do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar alertam para um eventual problema de saúde pública, uma vez que existe perigo real de contágio humano.
A equipa liderada por Paulo Martins da Costa verificou que uma vasta quantidade e diversidade de estirpes manifestaram resistentes, revelando-se ineficazes a maioria dos 20 antimicrobianos testados.
Paulo Costa afirmou que o contágio humano pode acontecer por contacto ambiental e posterior ingestão, dado que as gaivotas largam excrementos em espaços públicos, como praias, esplanadas de cafés e bancas de fruta.
Outra hipótese de possível contágio humano é o contacto com águas dos rios e mares para onde são largados efluentes de esgotos ou de estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
Os resultados deste estudo alertam para a necessidade de um uso mais contido e prudente dos antibióticos, bem como para o facto de ser impreterível aplicar um tratamento eficaz aos resíduos urbanos, de maneira a minimizar a dispersão ambiental de bactérias resistentes aos antibióticos.