Um estudo recentemente publicado na revista científica The Journal of Neuroscience estudou as características físicas dos cães e a forma como os seus cérebros funcionam, revelando como os humanos os moldaram.
Os investigadores fizeram ressonâncias magnéticas a 62 animais, representantes de 33 raças, e revelaram que, mesmo com diferenças de tamanho entre os indivíduos, há alterações entre regiões dos cérebros das diferentes raças de cães. De acordo com o estudo, o cruzamento seletivo promovido pelos humanos afetou as características físicas destes animais, mas também a forma como os seus cérebros funcionam.
“A anatomia cerebral varia consoante a raça do cão. As estruturas dentro dos cérebros também são diferentes e, ao que tudo indica, alguma desta variação deve-se ao cruzamento seletivo tendo em conta comportamentos específicos, tais como a caça, o pastoreio ou a guarda”, revelam os autores do estudo, que identificaram ainda seis mapas de redes neurológicas que comandam funções como o olfato.
Os investigadores querem agora aprofundar a análise das diferenças cerebrais entre cães da mesma raça. “Por exemplo, entre um border collie que ganha competições de pastoreio no mundo real e outro que, por qualquer razão, prefere ficar sentado num sofá”, dizem os autores.
Leia o estudo em detalhe aqui.