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Oncologia

Electroquimioterapia: a mais recente novidade na oncologia veterinária

cão em casa

Está disponível em Portugal desde outubro de 2015 e é uma técnica que utiliza a corrente elétrica para criar “poros na membrana celular das células tumorais para que determinados fármacos entrem nas células e aumentem o seu potencial terapêutico. Falámos com Joaquim Henriques, médico veterinário, que explicou a electroquimioterapia em detalhe e que está neste momento a recrutar casos de carcinomas espinocelulares não operáveis e sarcomas removidos incompletamente para demonstrar a eficácia da técnica no controlo destas doenças.

Em que consiste a técnica de Electroquimioterapia?

A Electroquimioterapia é uma técnica de terapia oncológica que utiliza  a corrente elétrica para criar poros na membrana celular das células tumorais (principio da eletroporação) para que os fármacos citótoxicos (Bleomicina e Cisplatina) entrem nas células e aumentem o seu potencial terapêutico, cerca de 1000 vezes para a Bleomicina e 80 vezes para a Cisplatina. Este aumento de potência está associado, contudo, a menos efeitos secundários. Após a um estudo Europeu realizado em Humanos (ESOPE,2006) passou a ser uma técnica com standars para ser utilizada em Medicina Humana.

Quais os resultados na prática?

Na veterinária existem vários estudos publicados que demonstram a sua eficácia em sarcomas, carcinomas espinocelulares, melanoma, adenocarcinomas ou tumores perianais. De forma a obterem-se os melhores resultados, os pacientes devem ser selecionados, nomeadamente pela localização e tamanho do tumor. Pode ser aplicada de forma curativa ou paliativa, com ou sem desbridamento cirúrgico.

Desde quando está disponível em Portugal?

Desde Outubro de 2015. Esta técnica, com a qual se pode tratar diferentes tipos de tumores em cavalos, cães, gatos e espécies exóticas e usada em Medicina Humana desde 2006, pode ser combinada com outros tratamentos e com o risco mínimo de efeitos secundários. Estamos neste momento a recrutar casos de carcinomas espinocelulares não operáveis e sarcomas (Fibro ou Hemangiopericitomas) removidos incompletamente para demonstrar a eficácia desta técnica no controlo destas doenças. Os colegas interessados podem contactar-nos para mais informações.

joaquim henriques

Joaquim Henriques

Como classifica os avanços da ciência no tratamento da oncologia em medicina veterinária?

As novidades são constantes. Muitas das técnicas e fármacos derivam da investigação constante  que se faz na vertente humana. O ritmo é galopante exigindo ao clínico veterinário uma atualização permanente.

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