Em declarações ao jornal EMBO Molecular Medicine, os cientistas revelaram que a origem do surto de febre hemorrágica que provocou mais de 20 mil casos de Ébola, com pelo menos 7.800 mortes, foram morcegos – Mops condylurus – que se alimentavam de insectos e que viviam em árvores ocas numa aldeia remota na Guiné-Conacri.
A equipa de cientistas concentrou-se nas circunstâncias da morte de uma criança e na possibilidade da mesma ter estado em contacto com os morcegos. “A proximidade de uma grande colónia de morcegos sem cauda criou uma oportunidade para a infeção. As crianças apanhavam e brincavam frequentemente com morcegos nesta árvore”, disse a equipa, depois de um inquérito realizado em abril.
Testes em laboratório demonstraram que os morcegos sem cauda podem transportar o vírus sem adoecer, o que os tornaria também reservatórios, mas nunca foi encontrada qualquer prova disto na natureza.