Recorde-se que o Tribunal de Faro proibiu na passada sexta-feira a realização do referido «rodeio» que estava agendado para o dia seguinte, sábado, na sequência de uma providência cautelar interposta pela Animal.
«A Animal vai avançar de imediato com procedimentos judiciais para responsabilizar todas as partes envolvidas neste escândalo pelos acontecimentos ilícitos ocorridos na noite de sábado em Estói», refere a associação em comunicado, citada pelo “Jornal de Notícias”.
No sábado de manhã, o presidente da Associação Portuguesa de Rodeio, José Manuel Carvalho, em declarações à “Lusa”, admitiu que a organização iria avançar com o «rodeio», alegando que o espectáculo não cometia nenhuma «ilegalidade», contrariando a Animal, que alega ser um espectáculo cruel e que não respeita os direitos dos animais.
Para José Manuel Carvalho o «rodeio» incluía apenas «montadas em cavalos e touros bravos», sem infligir maus-tratos aos animais. E a organização terá enviado ao Ministério Público de Faro um documento onde é usado o princípio do contraditório, explicando as características do espectáculo.
O presidente da Animal, Miguel Moutinho, considera que a realização do evento é um caso «absolutamente escandaloso» e critica a GNR de Faro por não ter acatado a decisão judicial e a Junta de Freguesia de Estói por «ter co-protagonizado todo este episódio».
Algarve: Associação Animal responsabiliza partes envolvidas em rodeio proibido por tribunal
A associação Animal vai pedir «responsabilidades judiciais a todas as partes envolvidas», devido à realização este sábado de um «rodeio brasileiro» na Feira do Cavalo de Estoi, que tinha sido proibido pelo Tribunal de Faro.