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112 Animal

112 Animal – A principal doença que assola muitos CAMV’s é a crise

112 Animal - A principal doença que assola muitos CAMV’s é a crise

Na 112 Animal, em Évora, trabalha-se com dedicação e profissionalismo visando prestar um bom serviço. O resultado desta filosofia originou a criação de serviços que respondam às necessidades existentes, acabando por atrair mais clientes.

Évora foi a cidade escolhida por Rita Mendes e Vítor Duarte para perseguir um sonho: trabalhar em medicina veterinária. Se no caso Rita Mendes a profissão é tradição de família, já que os pais são médicos veterinários e apenas conseguisse “imaginar-me a ser feliz o resto da vida a trabalhar com animais”, no caso de Vítor Duarte “é um sonho de pequeno porque sempre gostei muito de animais e do campo”. Desta maneira, enveredar pela profissão de médico veterinário possibilitou a união estas duas paixões, pelo que afirma sem hesitação: “mesmo sabendo o que sei hoje, se voltasse atrás faria a mesma escolha”.

O caminho da realização profissional levou-os à clínica veterinária 112 Animal, em Évora, e resolveram adquiri-la. Apesar de a clínica já existir, optaram por dar uma volta de 360 graus no modo de funcionamento do espaço. Começaram praticamente do início, pois quiseram que a clínica refletisse a sua postura em relação à maneira como a profissão deve ser exercida. “Termos aqui o nosso cantinho, ou seja, o nosso espaço”, reitera Rita Mendes.

 

Resolver os problemas

Uma vez que este centro de atendimento médico veterinário (CAMV) já tinha a ‘porta aberta’, “era difícil estar a fechar por um período de tempo para fazer obras”, relata Vítor Duarte daí que, a pouco e pouco, os médicos veterinários foram fazendo pequenas remodelações que não transtornassem o normal funcionamento da clínica. Em termos do espaço físico, uma das decisões tomadas passou por instalar ar condicionado. “É algo que não tem a ver diretamente com a prática clínica, mas em pleno Alentejo, no verão, quando estão 42º na rua é quase impossível estar no consultório. Assim resolvemos instalar o ar condicionado para conforto dos nossos clientes e nosso”, conta o médico veterinário.

 

Porém, um dos maiores fatores de diferenciação entre a 112 Animal antes e depois de adquirida por estes dois médicos veterinários está ao nível dos serviços. Uma das ‘inovações’ diz respeito à clínica de espécies pecuárias. “Os antigos proprietários não tinham essa valência e como é a minha área e até já tinha alguns clientes, resolvemos criar este serviço na 112 Animal”, explica Vítor Duarte. Outro dos serviços em que resolveram apostar foi nos domicílios. “Ainda há umas semanas tivemos o caso de uma cadela, cliente de outra clínica, que como os colegas não puderam deslocar-se com a urgência necessária a casa da proprietária, ela telefonou-nos e fomos até lá para tratar o animal”, salienta o médico veterinário, acrescentando que “é um serviço que faz falta e que muitas clínicas têm algumas reticências em avançar ”.

Outro dos investimentos passou pela informatização do CAMV, dado que “as fichas dos clientes ainda estavam em papel”, refere Rita Mendes. No entanto, apesar de tudo o que já fizeram, ainda há muito investimento a fazer. Uma das situações que estão a equacionar é avançar com a compra de um raio-X digital. “É um equipamento que traz mais-valias e nos dá mais liberdade”, indica a médica veterinária. Assim como será mais um passo na direção de “continuar a crescer e a prestar um bom serviço à população”, conclui. O grande objetivo dos médicos veterinários passa por “tentar resolver os problemas das pessoas, prestando um bom serviço”, corrobora Vítor Duarte. Muito graças a esta filosofia, desde que iniciaram atividade – no início de 2012 – “além de clientes da clínica antiga já temos bastantes clientes novos”, revela o médico veterinário.

 

Mais serviços

A 112 Animal aposta em vários serviços: “consultas, profilaxia, análises cínicas (é uma mais-valia podemos disponibilizar os resultados na hora) e cirurgia de tecidos moles. Já no âmbito da ortopedia, os casos são encaminhados para colegas com quem trabalhamos”, refere Rita Mendes. Sendo “uma das poucas situações que nos vemos na necessidade de referenciar para a ‘especialidade’”, completa Vítor Duarte, explicando que por ser uma área que exige grande investimento “tanto em material, como em formação, levou-nos a equacionar, perante o número de casos que temos, se realmente compensava investir. Concluímos que de momento não compensa, mas no futuro pensamos fazer formação nesta área”.

 

Évora é considerada uma zona endémica de Leishmaniose. Não obstante, nos últimos anos, “não sei se graças à nossa batalha diária desde a primeira consulta para demonstrar que a prevenção é a nossa melhor amiga, gradualmente o número de casos detetados em consulta tem vindo a diminuir”, revela Rita Mendes. Apesar desta boa notícia, continuam a verificar-se surtos de patologias relacionadas com a época do ano, como por exemplo de parvovirose. Embora este cenário, a principal doença que assola os clientes da 112 Animal e de um modo geral muitos CAMVs, “é a crise”, aponta Vítor Duarte. Os médicos veterinários notam que “algumas pessoas não têm mesmo dinheiro, mas uma parte considerável tem e não quer gastar”. Uma situação que dificulta o trabalho do dia-a-dia, já que “impede-nos de levar o caso a bom porto. Frequentemente temos casos que tinham tudo para dar certo, mas na hora da verdade as pessoas recuam”, sublinha o médico veterinário. Ou seja, “poderíamos ter oportunidade de fazer melhor, mas os clientes não querem”. Daí que, no caso da Leishmaniose por exemplo, “tentamos explicar que à primeira vista a vacina não é barata. No entanto, só na primeira consulta (que inclui as análises e o tratamento) gasta-se mais do que na vacina e o animal fica doente para o resto da vida”. Por outro lado criou-se o hábito de “dividir as contas em prestações e na maior parte das vezes consegue-se fazer o tratamento indicado”, menciona Rita Mendes, explanando que “as pessoas já percebem que não temos uma bola de cristal e, por isso, para saber o que o animal tem precisamos de fazer exames”.

Provavelmente, uma das razões que levam os clientes a compreender esta necessidade de ter de se recorrer a meios complementares de diagnóstico é o facto de “desde a primeira consulta explicarmos o porquê da necessidade de, por exemplo, fazer análises clínicas, vacinar, desparasitar, etc.”, continua a médica veterinária, reiterando que “é importante que o dono compreenda porque se fez determinado procedimento e por que razão se vai voltar a fazê-lo”. Neste sentido “disponibilizo sempre números de telefones e ponho os clientes à vontade para ligarem e se não voltam para a reavaliação cinco dias depois, ligo ou envio e-mails, ou seja, fazemos um acompanhamento constante do tratamento até à alta clínica”

 

Caixa

Dedicação, seriedade e profissionalismo

Pela 112 Animal já passaram casos marcantes. Vítor Duarte relembra o caso de uma cadela Labrador que engoliu uma bola e foi trazida à clínica meses depois. “A bola andou três meses no estômago até que saiu e entupiu, sendo necessário operar o animal para retirar a bola do intestino”. A cirurgia e o recobro correram bem, porém assim que chegou a casa ocorreu um problema com os pontos. O animal foi levado novamente para o CAMV, onde foi alvo dos procedimentos adequados. “Acabou por correr bem e hoje está um animal belíssimo”, remata o médico veterinário. Este foi sem dúvida um caso de sucesso, mas em muitas situações, por mais que se faça, o sucesso nem sempre é possível. “Faz parte da profissão aprendermos a lidar com esta circunstância”, aponta Rita Mendes, acrescentando que “mesmo quando fazemos o diagnóstico correto e o tratamento adequado, as coisas podem não correr bem”. O importante “é darmos o nosso melhor e empenharmo-nos a 100%. Ddedicação, seriedade e profissionalismo é aquilo que oferecemos a todos os clientes, sendo a nossa filosofia de trabalho”.

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