No âmbito do Dia Mundial da Medicina Veterinária que se celebra a 30 de abril, a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV) destaca a contribuição da profissão médico-veterinária para a saúde dos animais, das pessoas e do meio ambiente, e a importância de manter a sua saúde e bem-estar pessoais.
O tema deste ano, “Fortalecer a Resiliência Veterinária”, lançado pela World Veterinary Association (WVA), “celebra os esforços dos médicos veterinários e organismos associados para lidarem com os desafios diários bem como a importância de reforçar a resiliência veterinária”, pode ler-se no comunicado enviado pela OMV.
A data foi criada pela Associação Mundial de Veterinária (WVA) em 2000 com o intuito de homenagear os médicos veterinários de todo o mundo e sublinhar a importância da medicina veterinária no bem-estar animal, num contexto de crescente consciencialização dos direitos dos animais.
Jorge Cid, Bastonário da OMV refere: “A profissão de médico veterinário é profundamente gratificante, mas implica um esforço físico e psicológico muito desgastante. O stress, burnout e outros problemas de saúde aumentaram nos últimos anos junto da classe médico-veterinária e agravaram-se durante a pandemia”.
“A resiliência não é um problema isolado que diz apenas respeito aos médicos veterinários. Requer o apoio do governo e de entidades competentes, instituições/associações para garantir acompanhamento, formação, orientação e mentoring adequados aos profissionais de medicina veterinária. Esta é uma data para reforçar a importância do papel crítico e da capacidade da profissão médico-veterinária para enfrentar os desafios de saúde e bem-estar e as pressões diárias a que está sujeita, e destacar o reconhecimento que esta nobre profissão merece.”
Por último, a OMV sublinha a elevada taxa de suicídio inerente à profissão de medicina veterinária, quando comparada com outras profissões. “Encontra-se entre as que apresenta um elevado nível de desgaste, agravado pela pandemia, conforme demonstra o estudo VetsSurvey 2020 que analisou os níveis de stresse na profissão médico-veterinária em todo o mundo, destacando que Portugal (87%) tem dos níveis mais altos.”