A Royal Society for the Prevention of Cruelty to Animals (RSPCA) lançou recentemente uma nova campanha – #BangOutOfOrder – a pedir a proibição do fogo-de-artifício em alguns eventos no Reino Unido. De acordo com a organização, o objetivo é proteger os animais de companhia do stresse e ansiedade associados ao fogo-de-artifício e que todos os anos motivam centenas de chamadas e pedidos de ajuda à organização.
De acordo com os dados divulgados pela RSPCA, 62% dos cães revelam sinais de stresse durante o fogo-de-artifício, uma percentagem que chega aos 54% no caso dos gatos e aos 55% no caso dos cavalos. Além disso, segundo dados da British Horse Society, desde 2010, já morreram 20 cavalos devido a incidentes com fogo-de-artifício.
Segundo a imprensa internacional, uma cadela da raça Terrier, com 18 semanas, terá morrido recentemente de susto, com um ataque cardíaco, durante os rebentamentos de fogo-de-artifício. A história foi partilhada pela tutora do animal nas redes sociais e levou à criação de uma petição online que pede uma revisão urgente da lei que permite o uso de fogo-de-artifício no Reino Unido.
A petição conta já com 500 mil assinaturas, o que obriga o parlamento britânico a colocar o assunto em discussão. Neste momento, está já em cima da mesa a possibilidade e o parlamento vir a proibir a venda de fogo-de-artifício e a restringir o seu uso privado a festejos tradicionais, como a noite de Guy Fawkes, a véspera de Ano Novo, o Ano Novo Chinês e Festival das Luzes (Diwali).
A RSPCA já publicou, entretanto, uma página no seu website com várias dicas para ajudar os tutores a acalmar os seus animais durante o fogo-de-artifício e para tratar fobias.