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HOSPVET: A resposta hospitalar que faltava em Santa Maria da Feira

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Inaugurado no passado mês de maio, o HOSPVET – Hospital Veterinário de Santa Maria da Feira tem como intuito inovar e elevar a qualidade dos serviços veterinários na cidade, através do recurso a tecnologia avançada e a profissionais especializados e dedicados, bem como suprir as necessidades hospitalares na região. Uma semana após a abertura, a diretora executiva Mafalda Andrade e a diretora clínica Vanessa Gomes partilharam com a VETERINÁRIA ATUAL os objetivos estratégicos, o modo de funcionamento e os desafios inerentes a um projeto concebido de raiz a pensar não só no bem-estar dos animais e tutores, mas também dos recursos humanos que integram a equipa.

Nascida e criada em Santa Maria da Feira, com uma grande paixão por animais – sobretudo por cães, que sempre teve em número generoso – Mafalda Andrade concebeu o HOSPVET como resposta a uma necessidade identificada na região.

 

“No momento em que decidi avançar com o projeto tinha 10 cães – neste momento já só tenho nove – e foi uma altura em que, no espaço de um mês, quase todos os meus cães precisaram de cuidados a meio da noite ou de ser operados e tive sempre a necessidade de ir para o Porto. Essa viagem era sempre muito pesada e difícil, porque nunca sabia se o animal iria piorar, se sobreviveria… Sendo uma cidade de dimensão já considerável, com várias freguesias, Santa Maria da Feira tem várias clínicas e consultórios veterinários, mas senti que fazia falta uma estrutura com permanência médico-veterinária 24 horas por dia”, conta a diretora executiva do HOSPVET.

As instalações, construídas de raiz, procuram assemelhar-se às da saúde humana, tendo a construção sido assegurada em projeto “chave-na-mão” por uma empresa especializada nesse tipo de infraestrutura. Neste sentido, avança a responsável, “quisemos mudar um pouco o paradigma dos hospitais veterinários da zona, tendo a saúde humana como modelo desde a construção dos espaços à instalação dos equipamentos, a pensar no bem-estar dos animais e dos tutores, mas também da equipa”.

 

No HOSPVET, o bem-estar dos profissionais é um assunto sério

A formação contínua dos profissionais é um aspeto que as direções executiva e clínica do HOSPVET não só não descuram, como incentivam e apoiam.

 

“Já tivemos uma colega a ir fazer o ESAVS de Cardiologia II, por exemplo. O nosso objetivo passa por, nas áreas em que sentirmos necessidade e em que os colegas da equipa tenham interesse, chegarmos juntos a um consenso e formar, porque é bom para ambas as partes, no fundo: o HOSPVET consegue ter internamente mais serviços e os colegas conseguem evoluir profissionalmente”, refere, a este propósito, Mafalda Andrade.

Outro aspeto de que a direção executiva do Hospital Veterinário de Santa Maria da Feira não abre mão é o da preocupação constante com a saúde mental e bem-estar dos seus colaboradores. Algo que foi acautelado, desde logo, na conceção da infraestrutura. “Criámos uma zona inteiramente dedicada aos funcionários. É um espaço bastante amplo e com várias comodidades. Como estamos abertos 24 horas por dia é importante que tenham condições para poderem descansar, por exemplo, se for assim necessário”, sublinha a responsável. Também os horários de trabalho/turnos são sempre pensados com base neste esforço de motivação dos profissionais e de prevenção da exaustão.

 

Procuramos dar sempre horários para um período de três meses, porque noto que no trabalho por turnos, as pessoas não conseguem definir/organizar a sua vida se não sabem que turno vão estar a fazer a breve trecho. Além disso, não definimos turnos com mais de 8 horas”, explica Mafalda Andrade, adiantando que o objetivo é manter a equipa motivada, “para não termos rotatividade excessiva de colaboradores por desgaste e para daqui a cinco anos conseguirmos ter a mesma equipa com que começámos e as pessoas em que estamos a investir”.

Também Vanessa Gomes destaca esta preocupação com o bem-estar dos profissionais como uma enorme mais-valia do projeto. “Está tudo pensado, ao mais ínfimo pormenor, para que todos se sintam confortáveis nos postos que estão a assumir e que, ao final de um ano, não se sintam assoberbados com a posição que têm e acabem por desistir, que é uma coisa que acontece muito quando as pessoas trabalham muito, mas percebem que não estão a ter evolução profissional”, salienta a veterinária, sublinhando que a gestão tem a preocupação de ter as necessidades pessoais dos colaboradores em conta e “isso faz com que os colaboradores se sintam ouvidos e sintam que a sua vida pessoal é valorizada”.

Todo este cuidado, afirma, acaba também por facilitar na conciliação entre uma direção clínica exigente e uma prática clínica intensa, funções que Vanessa Gomes acumula no HOSPVET. Neste âmbito, o desafio maior, garante, tem sido o de protocolar o trabalho, conseguindo garantir “que há um propósito comum e uma linha condutora entre tudo o que é feito, que se reflete no produto final que chega ao cliente”.

Aposta forte em tecnologia e em recursos humanos

O recrutamento dos profissionais foi um dos grandes desafios estratégicos iniciais, sendo a equipa de arranque do HOSPVET composta por sete médicos veterinários, seis enfermeiros e duas auxiliares. O que se pretende, de acordo com Mafalda Andrade, é “ter uma equipa jovem – devido às caraterísticas do trabalho hospitalar por turnos/assistência 24 horas – disposta a criar algo de raiz em conjunto”.

Movido pelo compromisso de proporcionar o mais alto padrão de cuidados veterinários, o HOSPVET orgulha-se de oferecer uma gama vasta de especialidades para atender às necessidades específicas dos animais de companhia. Uma vez que ainda não tem todas as especialidades cobertas, o HOSPVET recorre a médicos externos que se deslocam ao hospital, nomeadamente nas áreas de ortopedia e de oftalmologia.

“Estamos aqui para oferecer não apenas tratamento, mas também orientação e apoio, ajudando a tomar as melhores decisões para a saúde e bem-estar do seu animal de companhia”, explica Vanessa Gomes, que diz ter concorrido para o lugar de diretora clínica do HOSPVET precisamente pela filosofia do projeto: uma aposta simultaneamente forte em tecnologia e em recursos humanos (RH), no sentido de oferecer uma resposta hospitalar de proximidade e de contínuo de cuidados.

“Quisemos mudar um pouco o paradigma dos hospitais veterinários da zona, tendo a saúde humana como modelo desde a construção dos espaços à instalação dos equipamentos, a pensar no bem-estar dos animais e dos tutores, mas também da equipa” – Mafalda Andrade, direção HOSPVET

“Pretendemos, por um lado, ter os meios de diagnóstico mais avançados, e, por outro, os recursos humanos mais adequados para uma resposta o melhor possível, durante a noite ou durante o dia, ou perante qualquer situação que se possa colocar. O nosso objetivo é conseguir ter todas as valências e serviços para que o animal entre no HOSPVET e saia com um diagnóstico o mais preciso possível, mantendo a capacidade de sermos próximos do animal e do tutor/cliente e fazendo com que este sinta que está a ter o melhor serviço à disposição no mercado”, refere a médica veterinária.

Uma ideia corroborada por Mafalda Andrade, que ao pensar o projeto definiu como estratégia a abertura já com o máximo de valências possível a funcionar. “Se era para fazer, era para fazer agora e ter tudo de início, de forma a conquistar a confiança do tutor”, sublinha a diretora executiva, ressalvando como filosofia do HOSPVET o seguinte conceito: “o tutor entra pela porta e, quando sai, o animal já leva pelo menos um diagnóstico definido, quando não já tratado e/ou com a situação resolvida”.

Uma vasta gama de serviços diferenciados

Esta aposta forte em tecnologias reflete-se na vasta gama de serviços diferenciados e especializados que o HOSPVET disponibiliza (ver caixa). Desde logo o internamento 24 horas, onde também entronca o investimento robusto em RH, uma vez que, “mesmo à noite, o hospital garante a permanência não só de um médico ou de um enfermeiro ou de um auxiliar, mas de uma equipa escalada para a urgência, que permita dar o máximo de resposta às situações complexas que possam surgir”, destaca Vanessa Gomes.

Depois, o Centro de Imagiologia, com aparelhos de RM e TAC, entre outros, “adaptados da melhor forma possível da medicina humana para a veterinária, pela mesma empresa que construiu o HOSPVET”, explica Mafalda Andrade. Há ainda disponível a valência de cirurgia, quer de tecidos moles, quer ortopédica. “Temos a Dr.ª Vanessa que é pós-graduada em cirurgia de tecidos moles, bem como uma outra colega a trabalhar nesta área. Ao nível da cirurgia ortopédica, trabalhamos com o Dr. Tiago Viana em ambulatório, mas temos um colega que tem assistido a várias cirurgias do Dr. Tiago no sentido de evoluir e se tornar independente nesta área”, esclarece a gestora e fundadora do Hospital Veterinário de Santa Maria da Feira, que em breve também disponibilizará um serviço de Fisioterapia. Para tal, uma veterinária da equipa está atualmente a terminar a formação na área.

Outro serviço diferenciador que o HOSPVET disponibiliza é a Consulta ao Domicílio. Uma semana depois da abertura, a equipa ainda não tinha recebido nenhum pedido neste sentido, porém, de acordo com a diretora executiva, “é algo que podemos fazer desde já, aos dias úteis e em horário diurno, uma vez que, à noite e ao fim de semana, temos a equipa mais reduzida”. Para tal, a equipa dispõe de “todos os equipamentos necessários, nomeadamente de um ecógrafo portátil”, que lhe permite “levar ao animal os cuidados necessários – sendo que neste registo serão sobretudo cuidados preventivos e profiláticos, vacinação ou exames de rotina – sem que este e o tutor saiam da sua zona de conforto”, salienta a responsável. Também nesta lógica de proximidade – e a pensar naqueles tutores que têm maior dificuldade de deslocação – o HOSPVET tem pensado um serviço de transporte para os animais de casa até ao hospital e vice-versa. Uma situação em que os tutores habitualmente preferem não sair de casa são as eutanásias, aponta Vanessa Gomes. Nesse sentido, é intenção futura do HOSPVET investir em RH especificamente direcionados para esta tarefa.

Evolução para centro de referência é meta a atingir

Numa semana de funcionamento, falar de casuística ainda é prematuro. No entanto, a diretora-clínica destaca que os casos mais frequentes têm sido as urgências. “Neste momento, não nos procuram para coisas simples, como vacinações. O que tem aparecido são casos mais complexos de segunda opinião”, adianta Vanessa Gomes, salientando o feedback muito positivo que a equipa já está a receber por parte dos tutores face à proximidade da resposta hospitalar imediata aos problemas que surgem com os seus animais.

Por sua vez, a diretora executiva congratula-se com o “trabalho intenso” da primeira semana. “Foi uma semana de bastante trabalho, sobretudo durante o fim de semana. O maior volume de trabalho têm sido efetivamente as urgências. Em tom de brincadeira, os colegas da noite diziam que até estavam à espera de conseguir dormir um bocadinho, mas na realidade não houve nenhuma noite em que não tivéssemos nenhum animal internado”, conta Mafalda Andrade.

“Pretendemos, por um lado, ter os meios de diagnóstico mais avançados, e, por outro, os recursos humanos mais adequados para uma resposta o melhor possível, durante a noite ou durante o dia, ou perante qualquer situação que se possa colocar” – Mafalda Andrade, direção HOSPVET

Como objetivo a médio prazo, o HOSPVET tem a evolução para um centro de referência. “É nesse sentido que estamos a trabalhar”, atira a diretora executiva, consciente de que o caminho é longo. “Mais do que nós nos intitularmos como centro de referência, queremos que as clínicas e os tutores nos vejam como uma referência, um local para procurar uma segunda opinião”, descreve Mafalda Andrade, deixando uma mensagem aos médicos veterinários da região: “Não queremos, de maneira nenhuma, que se sintam ameaçados pelo hospital, mas sim apoiados, porque o nosso objetivo é o de melhorar os cuidados veterinários na zona. Queremos que saibam que somos mais um meio para que possam prestar um ainda melhor serviço ao tutor e sobretudo ao animal”.

Para Vanessa Gomes, “o mais importante é que confiem em nós, porque quanto mais casos nos chegarem, mas podemos evoluir”. Na primeira semana de funcionamento, o HOSPVET recebeu vários casos referenciados por veterinários da área de influência. Segundo a diretora clínica, “enviaram-nos animais para ecografia e para internamento pós-cirurgia. Também temos tido alguns pedidos de segunda opinião e o feedback dos veterinários de clínicas/consultórios da zona tem sido positivo. Não trabalhamos com o intuito de roubar o cliente, mas de trabalhar a par com a clínica e oferecer sempre ao tutor a possibilidade de voltar à clínica e de nós falarmos diretamente com o médico a que o tutor está habituado, dando-lhe toda a informação sobre tudo o que fizemos no hospital e de quais serão os próximos passos. O nosso objetivo não é estar a tirar o trabalho à clínica, mas ajudar a clínica a oferecer mais serviços aos seus clientes”.

Questionada sobre que outras metas gostaria de ver o HOSPVET atingir no prazo de um ano de funcionamento, Mafalda Andrade diz que gostaria de “ter o dia preenchido de consultas, cirurgias e o internamento cheio”. Além disso, aumentar a equipa “o mais cedo possível” é um desiderato da gestora, já que “sete veterinários para um hospital, assim que o trabalho começar a fluir, será insuficiente”.

O HOSPVET está aberto:

24 horas por dia

365 dias por ano.

A equipa especializada e multidisciplinar do HOSPVET é composta por:

7 médicos veterinários

6 enfermeiros

2 auxiliares

O Centro de Imagiologia reflete o compromisso do HOSPVET com o diagnóstico preciso e tratamento eficaz, oferecendo uma gama abrangente de serviços de imagem. Equipado com tecnologia de ponta e liderado por especialistas em diagnóstico por imagem, disponibiliza os seguintes exames complementares de diagnóstico:

– Ressonância Magnética

– TAC

– Radiologia

– Ecografia

– Endoscopia

Atos como a vacinação, medicina preventiva e profilaxia podem ser feitos na Consulta ao Domicílio. O HOSPVET também assegura aos animais um serviço de transporte casa-hospital/hospital-casa.

No HOSPVET, o Internamento 24h é feito com permanência médico-veterinária e dispõe de uma capacidade de mais de 50 espaços.

Em breve, o HOSPVET disponibilizará terapias de Fisioterapia personalizadas e eficazes, com o intuito de ajudar os pacientes a recuperar o movimento, aliviar a dor e melhorar a sua qualidade de vida.

O HOSPVET dispõe de veterinários especializados em Cirurgia de tecidos moles e ortopédicas.

O pedido de marcação online está disponível e é um método fácil e rápido de conseguir uma consulta veterinária.

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