Para assinalar o Dia Internacional do Gato, que se comemora hoje, dia 8 de agosto, Thierry Correia, médico veterinário da Royal Canin, compilou algumas dicas e conselhos para ajudar os novos tutores de gatos a melhor compreenderem os seus animais e contribuírem para a sua saúde e bem-estar.
“Os gatos são autênticos mestres da arte de disfarçar, porque quando têm um problema de saúde, normalmente não o mostram de forma óbvia. É por isso que as visitas regulares ao veterinário são fundamentais”, explica o médico veterinário.
- Ter tudo pronto antes da chegada do animal
Segundo o estudo “Pets and Owners” da Royal Canin, cerca de 56% dos tutores de gatos não se prepararam para a chegada de um novo gato.
“A falta de preparação pode significar um atraso na adaptação, uma vez que o gatinho demorará mais tempo a sentir-se em casa”, explica o médico veterinário, frisando ser importante ter preparado espaço de refeição, dois bebedouros, uma cama, a caixa de areia, elementos altos e brinquedos que lhe permitam “exprimir o seu instinto de caça”.
- A segurança em primeiro lugar
O médico veterinário aconselha a que os tutores deixem o novo elemento da família explorar a sua nova casa em paz, evitando sustos e protegendo a sua casa, nomeadamente ter as janelas fechadas ou protegidas, retirar objetos altos que possam cair ou se partir, esconder ou proteger cabos, assim como armários com produtos tóxicos.
Além disso, Thierry Correia aconselha ainda os tutores a terem cuidado com as plantas, pois algumas podem ser tóxicas para os gatos.
- Escolher alimentos adequados para a sua fase de crescimento
“A fase de crescimento é um período chave para os gatinhos e a nutrição desempenha um papel fundamental, mas nem sempre é fácil fazer a escolha certa”, explica o médico veterinário.
Neste sentido, Thierry Correia avança que deve ser um alimento “completo adequado à sua idade, raça e sensibilidades, que forneça o equilíbrio de nutrientes de que necessitam para o seu desenvolvimento esquelético, cognitivo e imunitário” e, para isso, é importante que tos tutores se aconselhem juntos do seu médico veterinário, de forma a perceberem o melhor tipo de alimento e a melhor forma de o dar de acordo com a fase de crescimento.
- Compreender os sinais
Segundo Thierry Correia, é importante ler e compreender a linguagem corporal dos gatos, assim como ouvir os sons que emitem para saber como se está a sentir e o que precisa, isto porque, “não é a mesma coisa se o seu gato estiver deitado de costas com a barriga exposta do que se tiver as costas arqueadas, a cauda espetada e o pelo em pé”.
O médico veterinário refere ainda que compreender estes sinais ajuda a perceber qual a melhor forma de o abordar e tratar em qualquer altura.
- Não perder uma visita ao médico
Uma visita ao médico veterinário pode ser stressante para os gatos, “mas o segredo é preparar-se bem”.
Deste modo, o médico veterinário da Royal Canin indica que, em primeiro lugar, os tutores devem escolher a clínica mais adequada possível, facilmente acessível e de conveniência, com uma equipa veterinária em quem confie.
“Aproveite a fase de gatinho para que ele se habitue e veja a visita como algo normal. De seguida, escolha uma caixa de transporte sólida, segura e estável, com várias portas em cima e nos lados, ou uma que possa ser desmontada a partir do centro. Deixe-o habituar-se a ela, deixando-a aberta numa divisão da casa onde ele possa entrar e brincar. Pode também colocar um cobertor ou um brinquedo para o familiarizar. Quando começar a viagem, tape-o para evitar os estímulos exteriores”, explica Thierry Correia.