Em 2022, os Centros de Recolha Oficiais (CRO) em Portugal receberam 41.994 animais da rua. Esta ligeira diminuição face a 2021, que totalizou 43.603 animais recolhidos, também se verifica no número de adoções. Em 2021 foram adotados 25.474 e no ano passado este número decresce para 24.721 animais.
O relatório anual de atividades dos Centros de Recolha Oficial (CRO), divulgado pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), revela também uma diminuição do número de animais adotados e vacinados com vacina antirrábica face ao ano anterior. Por outro lado, verificou-se um aumento das esterilizações e eutanásias.
Ainda assim pode observar-se uma tendência crescente do número de animais recolhidos, adotados e esterilizados durante o período de 2018 a 2022.
Recolha de animais diminui 3,9% em 2022
Ao avaliar o número de animais recolhidos, a análise dos Centros de Recolha Oficiais (CRO) denota um decréscimo da percentagem entre 2021 e 2022 (3,9%). No entanto, entre 2018 e 2022, verifica-se um aumento de 17,52% nos animais recolhidos, evidenciando a tendência crescente na captura de animais. “Embora essa tendência possa sugerir que o número de animais abandonados continua a crescer, deve-se considerar que este aumento pode ser consequência de uma maior capacidade de resposta dos municípios, nomeadamente devido ao aumento no número de CRO ou do número de lugares nesses centros, o que naturalmente resulta no aumento da captura de animais errantes”, pode ler-se no relatório.
Adoções decrescem 2,96%
No ano passado verificou-se uma diminuição de 2,96% do número de animais adotados, comparativamente ao ano anterior. Facto que na perspetiva na análise do relatório pode dever-se à inflação, que tem implicações diretas no aumento dos custos relacionados com a manutenção de animais de companhia. Entre 2018 e 2022 a percentagem de animais adotados aumentou 61,97%, denotando uma tendência crescente no número de animais adotados através dos CRO.
Já o número de animais esterilizados cresceu em relação ao ano anterior (12,50%). Esta tendência ascendente tem sido constante desde 2018, aumentando 310,69% até 2022.