Fornecer informações simples e breves aos tutores de gatos sobre sinais de dor pode ter um impacto positivo na saúde e no bem-estar dos felinos, revelou um estudo de investigadores americanos.
O estudo centrou-se na forma como os tutores reagem às mudanças de comportamento dos seus animais de companhia que possam sugerir dor e como a informação educacional do veterinário influencia a sua decisão de procurar cuidados profissionais.
Neste sentido, os resultados mostraram que, após receberem materiais educativos sobre dor em gatos, os tutores experimentaram um aumento significativo no nível de preocupação com o bem-estar dos seus animais e ficaram mais propensos a levá-los ao veterinário quando detetassem alguma mudança comportamental no gato.
O estudo também destacou que a maioria dos tutores participantes na análise considerou ser útil a existência de uma ferramenta para identificar o nível de dor dos seus animais, uma vez que os ajudaria a tomar decisões informadas sobre quando procurar atendimento médico.
“O nosso estudo sugere que fornecer informações breves aos tutores relacionadas com a dor dos seus gatos pode influenciar positivamente o seu nível de preocupação e decisões sobre cuidados veterinários. Ao educar proativamente os tutores sobre estes sinais e ao trabalhar para mitigar as principais barreiras aos cuidados veterinários, podemos melhorar positivamente a saúde e o bem-estar dos gatos”, observaram os autores do estudo.
A investigação descobriu ainda que, se os tutores receberem as ferramentas certas por parte dos profissionais de veterinária, estão também mais propensos a procurar cuidados veterinários por suspeita de dor nos seus animais de companhia. Desta forma, os cientistas realçam que a falta de conhecimento e compreensão dos tutores sobre o comportamento dos seus gatos levanta preocupações de bem-estar, uma vez que muitos têm dificuldade em interpretar os comportamentos dos seus animais e que estão, frequentemente, associados à dor.
Os resultados revelaram também que as decisões de cuidados veterinários dos tutores foram influenciadas pela forma como gerem a sua própria dor física.
“Investigar mais aprofundadamente a relação entre as escolhas pessoais de cuidados de saúde dos tutores e as que fazem para os seus animais de companhia poderia ajudar a desenvolver uma comunicação mais eficaz com aqueles que têm menos probabilidades de procurar cuidados de saúde, tanto para si próprios como para os seus animais”, explicam os autores.
Por outro lado, as principais barreiras à procura de cuidados veterinários mencionadas pelos participantes foram o custo e o stress associado às visitas ao veterinário. Mais de 50% dos tutores indicaram que o custo de uma visita veterinária era um fator importante, seguido pelo stress que as visitas veterinárias causavam aos seus gatos e aos próprios.