Um estudo de investigadores portugueses, que analisou as 20 raças mais comuns de cães, concluiu que a raça Yorkshire Terriers tem a maior esperança de vida, com 10,89 anos, e que a raça de Bulldogs Franceses detém a mais baixa, com 6,27 anos.
A análise, intitulada “Investigating the Life Expectancy at Birth of Companion Dogs in Portugal Using Official National Registry Data”, teve como principal objetivo fornecer uma visão abrangente da esperança de vida dos cães em Portugal, focando-se no impacto de diversos fatores, incluindo raça, sexo, tamanho e formato do crânio.
  As raças mais pequenas apresentam tendência para viverem mais tempo do que as raças maiores.
A esperança média de vida ao nascimento para todos os cães foi de aproximadamente 8,91 anos. O conjunto de dados final, obtido a partir da base de dados do registo nacional, consistiu em 278.116 cães com mortes confirmadas.
De acordo com os investigadores, o tamanho e o índice cefálico foram considerados fatores importantes, sendo que raças grandes braquicefálicas exibiram esperanças de vida mais curtas.
Adicionalmente, verificaram também que o índice cefálico tinha um impacto superior na esperança de vida em comparação com o tamanho do animal.
  Raças grandes braquicefálicas exibiram esperanças de vida mais curtas.
“Estas descobertas melhoram a compreensão dos fatores que influenciam a longevidade canina e ajudam no desenvolvimento de estratégias para melhorar a saúde e a esperança de vida dos cães de companhia”, afirmam os cientistas responsáveis pelo estudo.
Os investigadores frisam também que o estudo beneficia de uma elevada representatividade de dados. “Este vasto repositório de informação ajuda a mitigar os vieses de seleção e representação, aumentando assim a precisão e a exaustividade dos resultados. Além disso, o facto de o microchip ser obrigatório desde 2008 contribuiu para a robustez do conjunto de dados, produzindo um retrato detalhado da população canina portuguesa”, explicam.
A esperança de vida geral à nascença dos cães incluídos neste estudo foi inferior à esperança de vida dos cães do Reino Unido (11,23 anos), dos Estados Unidos da América (12,69 anos) e do Japão (13,7 anos).
Segundo a investigação, estudos têm demonstrado consistentemente uma correlação entre o tamanho do corpo e o tempo de vida dos cães, com as raças mais pequenas a apresentarem uma tendência para viverem mais tempo do que as raças maiores.
A esperança de vida geral à nascença dos cães incluídos neste estudo foi inferior à esperança de vida dos cães do Reino Unido (11,23 anos), dos Estados Unidos da América (12,69 anos) e do Japão (13,7 anos).
Além disso, é também frisado que a maioria das raças de cães tendem a ter padrões de vida semelhantes, com uma taxa de mortalidade mais baixa durante a idade adulta-jovem que aumenta gradualmente, atingindo o seu pico em idade mais avançada. Além disso, estudos destacaram também semelhanças significativas no risco de doenças relacionadas com a idade entre humanos e cães, com causas de morte como fatores neoplásicos, congénitos e metabólicos a seguirem trajetórias de idade comparáveis em ambas as espécies.
“É inegável que os cuidados e a atenção adequados a vários aspetos da vida de um animal de companhia podem ter um impacto significativo na sua longevidade e saúde em geral. Prestar cuidados adequados, incluindo exercício físico regular ou uma estimulação mental ativa, é essencial para prolongar o tempo de vida de um animal”, lê-se no estudo.
Estudo revela que cães de raça tendem a viver mais que os de raça mista