44% dos veterinários europeus conta com um mestrado e 20% com uma especialização nacional. Além disso, 23% possuem um doutoramento na área e 7% uma European Board of Veterinary Specialisation (EBVS), de acordo com o terceiro Inquérito à Profissão Veterinária na Europa, promovido pela Federação de Veterinários da Europa (FVE).
França, a Alemanha e a Áustria destacam-se com o maior número de doutorados (62%, 50% e 42%, respetivamente). Portugal, só conta com 7%, um dos piores resultados a nível europeu, a par da Estónia. Pior só República Checa (5%), Hungria (4%) e Lituânia (3%).
Portugal conta ainda com 66% de profissionais com mestrado, 4% com especialização nacional, 1% com EBVS e 1% com uma formação aprovada pela Vetcee.
O inquérito analisou ainda a satisfação com a educação e o tempo que demora a encontrar um trabalho que garanta independência económica:
A maioria (52%) dos veterinários europeus que se juntaram à profissão nos últimos cinco anos sente que lhes faltam competências clínicas e 19% consideram que lhes faltam competências comunicacionais suficientes para lidar com tutores e colegas.
Encontrar um CAMV com um bom espírito de equipa e cultura de apoio é um desafio para 34% dos recém-formados em veterinária que trabalham em CAMV de grandes empresas e de outros tipos. Em contrapartida, apenas 3% referem que se trata de um problema nos CAMV independentes.
Em Portugal, as principais dificuldades são os rendimentos insatisfatórios (59%), empatando com Espanha. Só a Croácia (60%), a Itália (61%) e a Sérvia (67%) apresentam piores resultados. A média europeia é de 44%.
Além disso, 52% dos recentes profissionais portugueses deteta ainda a falta de equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal. Valor que diminui para os 39% a nível europeu. A falta de competências clínicas é apenas um desafio para 31% dos portugueses.
