Na Europa, apenas 7% dos médicos veterinários já trabalhou noutro país do continente. Em Portugal, o valor desce para 4%. Luxemburgo (21%) e Suíça (16%) lideram a lista.
De acordo com o terceiro Inquérito à Profissão Veterinária na Europa, promovido pela Federação de Veterinários da Europa (FVE), os principais incentivos à mudança foram as oportunidades de trabalho (48%) e um ordenado maior (32%). A falta de trabalhos no seu país desceu de 20% em 2018 para 9%.
Portugal é o País em que o aumento do ordenado foi a principal motivação para a emigração (57%), seguido pela Eslováquia (52%) e a Hungria (40%). Já as melhores oportunidades foram o motivo para os veterinários eslovacos (67%), croatas (60%) e espanhóis (60%) mudarem de país. Apesar de não estar no topo, as melhores oportunidades foram relatadas como motivo para 55% dos portugueses que se mudarem.
Na Europa, 22% já pensou em mudar para outro país europeu nos últimos 12 meses. Em Portugal o valor cresce para os 33%, mas não chega aos valores da Macedónia (53%), Sérvia (42%) e Grécia (39%).
As principais preocupações em trabalhar noutro país são questões práticas, de relocalização ou pessoais (46%). O valor cresce para 56% para os portugueses. A falta de competências linguísticas é considerada como um entrave para 28% dos europeus, mas desce para 19% entre os portugueses. O valor, a nível europeu, era de 41% em 2018.
Apenas 25% dos portugueses relata não ter qualquer problema em mudar, valor menor à média europeia de 28%. Os húngaros são os que mais partilham essa visão (com 77%).