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Animais de companhia

Estudo revela que tutores não reconhecem excesso de peso nos animais

Estudo revela que tutores não reconhecem excesso de peso nos animais iStock

Um recente estudo da Association for Pet Obesity (APOP) revelou que 61% dos gatos e 59% dos cães, nos Estados Unidos da América (EUA) estão acima do peso ou têm obesidade.

A análise concluiu também a existência de uma falta de consciencialização por parte dos tutores relativamente à questão do peso dos seus animais de companhia, com apenas 28% dos tutores de gatos e 17% dos tutores de cães a reconhecerem que os seus animais se encontravam acima do peso.

 

Já 84% dos tutores de cães e 70% dos tutores de gatos avaliaram a condição corporal dos seus animais de companhia como saudável.

“Nas últimas duas décadas, temos observado consistentemente uma discrepância significativa entre a prevalência da obesidade em animais de companhia e o reconhecimento desse problema pelos tutores”, referiu o presidente e fundador da APOP, Ernie Ward.

 

E continua: “os tutores que não reconhecem que o seu animal tem problemas de obesidade são um obstáculo de comunicação para os profissionais veterinários. Embora as causas para a obesidade sejam multifatoriais, a consciencialização sobre o facto de o excesso de peso em animais não ser saudável é o primeiro passo no tratamento da doença”.

58% dos tutores de cães e 12% dos tutores de gatos admitem dar guloseimas mais que uma vez por dia.

 

O estudo, que inquiriu 527 tutores nos EUA e foi conduzido de outubro a dezembro de 2023, concluiu que 84% dos tutores de cães e 94% dos tutores de gatos acreditavam que a obesidade nos animais de companhia é um problema de saúde significativo. No entanto, apenas 43% relataram que o seu veterinário discute anualmente o peso ideal ou a condição corporal adequada para o seu animal, indicando que muitos profissionais veterinários não abordam o tema no exame anual.

Apesar disso, 58% dos tutores inquiridos relataram que tentaram resolver o problema de obesidade no seu animal de companhia, com 63% dos tutores de cães e 45% dos tutores de gatos a afirmar que tentam dar resposta ao problema de saúde em questão.

 

De acordo com a investigação, os tutores também afirmaram ter hábitos frequentes de dar guloseimas ou snacks, com 58% dos tutores de cães e 12% dos tutores de gatos a admitirem dar guloseimas mais que uma vez por dia, enquanto outros 24% dos tutores de cães e 18% dos tutores de gatos a afirmarem dar uma guloseima, pelo menos, uma vez por dia. Já 30% dos tutores de gatos revelaram não dar guloseimas, com apenas 4% dos tutores de cães a referir que restringem as guloseimas.

Segundo os investigadores, os petiscos são considerados um fator que contribui para o aumento das taxas de obesidade em animais de companhia, tendo sido relatado que 82% dos cães e 30% dos gatos recebem petiscos, pelo menos, uma vez ao dia.

25% dos tutores de cães e 53% dos tutores de gatos declararam que “nunca” partilhavam comida com os seus animais e 17% dos tutores de cães e 4% dos tutores de gatos responderam que “normalmente” ou “sempre” partilham comida e guloseimas”.

Também a partilha de comida com animais de companhia é frequentemente apontada como a principal causa para a obesidade animal. Neste sentido, os tutores inquiridos afirmaram que raramente partilham a sua comida ou lanches com os seus animais. Já 25% dos tutores de cães e 53% dos tutores de gatos declararam que “nunca” partilhavam comida com os seus animais e 17% dos tutores de cães e 4% dos tutores de gatos responderam que “normalmente” ou “sempre” partilham comida e guloseimas.

Além disso, a investigação também concluiu que um dos motivos pelos quais os veterinários não discutem questões de peso com os tutores de animais de companhia é porque estes acreditam que isso deixará o tutor chateado e incomodado.

84% dos profissionais veterinários responderam que os tutores ficam envergonhados ou desconfortáveis depois de ouvir que o seu animal está acima do peso adequado ou precisa de perder peso.

No entanto, as descobertas são muito diferentes da perspetiva dos tutores, com apenas 12% dos tutores a afirmarem que já se sentiram desconfortáveis ou envergonhados com um veterinário ou um membro da equipa veterinária por lhe ser transmitido que o seu animal sofre de obesidade ou está acima do peso recomendado.

 

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