Nove em cada dez turistas espanhóis contam com o seu cão na hora de ir de férias e estariam dispostos a pagar 15% mais pela estadia se esta oferecesse condições básicas de comodidade para os animais, como alojamentos adaptados e zonas de recreio próximas.
Esta é a conclusão de um estudo realizado pelo grupo de investigação Economia do Turismo da Universidade de Córdoba, Espanha. Obtido a partir de 1 700 inquéritos realizados online por todo o país vizinho, o estudo tinha como objetivo conhecer as opiniões e inquietações dos detentores de cães quando toca a viajar com o seu animal.
Segundo o professor catedrático de Economia Aplicada e líder do grupo de investigação, Tomás López-Guzmán, os dados recolhidos mostram “a relação que existe entre as famílias e os cães e reforçam a importância que está a adquirir esta tipologia de turismo, que se converteu num nicho de mercado destacado para os diferentes destinos”, disse o professor à publicação Animal’s Health.
Enquanto 13% dos inquiridos só viajam com os seus canídeos para uma segunda residência, a grande maioria dos participantes (79,7%) afirmou também viajar com os animais para outros locais. Os inquiridos sublinharam ainda a importância de haver hotéis adaptados para o alojamento dos cães, bem como serviços veterinários, e transportes públicos e praias pet friendly nas suas férias.
Esta exigência por praias onde se possam levar os animais — em Espanha, tal como em Portugal, a proibição impera — conduz também a uma procura maior por parte dos detentores de cães relativamente a destinos de férias rurais, em detrimento de zonas costeiras ou urbanas.
Quanto a alojamentos, os tutores valorizam instalações básicas, mas que permitam aos animais pernoitar no mesmo quarto ou casa, bem como funcionários empáticos com os seus cães. Se a estas condições se juntarem locais de lazer para os animais nas imediações do alojamento, os detentores ficam então dispostos a pagar mais pela sua estadia e pela do animal.