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Últimas tuataras poderão nascer em 2085

Se não forem tomadas quaisquer medidas, uma equipa de investigadores australianos prevê que em 2085 será o último ano de eclosão das tuataras (Sphenodon sp), que existem desde o final do Triásico, há mais de 200 milhões de anos, devido ao aquecimento da temperatura, fundamental para a diferenciação entre sexos.

Segundo noticiou o “Público”, estes répteis sobreviveram aos dinossauros mas encontram-se agora limitados a apenas 30 ilhas da Nova Zelândia.
A diferenciação sexual das tuataras acontece no ovo, estando dependente da temperatura ambiente. Acima dos 21,5 graus, os embriões nascem machos.
No modelo a que recorreram, os investigadores analisaram a situação geográfica das tocas de uma espécie de tuatara, a Sphenodon guntheri, e a previsão do aumento de temperatura.
Os resultados revelam que todas as tuataras que nascerem no ano de 2085 vão ser machos, ditando por isso o fim da espécie.
«Ao integrar-se o clima e a fisiologia, fomos capazes de fazer previsões espaciais explícitas sobre um determinado local da ilha», explica Nicola Mitchell, da Universidade do Oeste da Austrália, em Perth, citado numa notícia da “Nature” on-line.
Apesar das grandes oscilações de temperatura que se verificaram a nível planetário, no passado a situação geográfica das tuataras permitia-lhes fugir para regiões apropriadas. Agora, a solução pode passar pela protecção ou pela mudança dos ninhos para locais mais frescos.

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