O grupo Nonhuman Rights Project está a trabalhar nesta estratégia há vários anos e pretende que os tribunais reconheçam a Tommy, um chimpanzé que habita em Nova Iorque numa jaula, o estatuto de “pessoa legal” para que este possa ser beneficiário do Estado onde reside.
O líder do projeto, Steven M. Wise, defende que estes animais sejam livres e deixem de ser utilizados em investigação biomédica. Os ativistas querem que Tommy seja retirado aos donos e colocado num santuário com outros animais da mesma espécie.
Patrick C. Lavery, proprietário do chimpanzé, tomou conhecimento da petição e referiu que o animal “vive numa jaula espaçosa com muitos brinquedos” e que tem tentado levá-lo para vários santuários com animais da espécie, mas não teve sucesso.
O dono do animal disse ainda que o grupo de ativistas “tem que usar o seu senso comum. Se eles vissem o local onde o animal viveu durante os seus primeiros 30 anos de vida iriam ficar muito satisfeitos com o local onde está agora.”
A petição, que deverá ter resposta em breve, quer que o tribunal reconheça que o chimpanzé não é um bem material que pode ser possuído por alguém, mas antes uma pessoa autónoma cognitivamente complexa com o direito fundamental de não ser mantida em cativeiro. Em 2008, o Parlamento espanhol concedeu alguns direitos legais aos chimpanzés e a Índia também já conseguiu aprovar algumas medidas deste género com sucesso.