“Esta investigação é entusiasmante porque mede estados emocionais positivos e negativos em cães de forma objetiva e não invasiva. Além disso oferece aos investigadores e aos proprietários uma perceção dos estados emocionais dos cães e como estes mudam”, refere Melissa Starling, uma das autoras responsáveis pelo estudo.
No decorrer do estudo, os cães analisados foram ensinados a associar diferentes sons a uma recompensa de leite ou à oferta de água. Depois de aprenderem a fazer essa descriminação foram-lhes apresentados sons mais complexos.
Se os cães respondessem aos sons mais complexos, isso significava que o animal espera que algo de bom acontecesse e era inserido no grupo dos otimistas. De acordo com os cientistas, os cães mais otimistas respondiam inclusive aos sons mais parecidos com aquele que estava associado à oferta da água, a recompensa menos desejada pelos cães.
“Nos cães que testámos encontrámos mais otimistas do que pessimistas, mais é cedo para dizer se essa premissa se pode extrapolar para a população de cães em geral”, refere a investigadora.
Segundo a psicóloga, um cão com uma personalidade otimista espera que mais coisas positivas aconteçam, correndo riscos para tentar obter a recompensa, mesmo correndo o risco de não receber a desejada. Um cão com personalidade pessimista, por outro lado, espera que algo mau aconteça, o que faz dele mais cauteloso e mais avesso ao risco.