Três meses depois de ter comprado a Merial, uma das maiores empresas do setor da saúde animal, a Boehringer Ingelheim revela que pretende competir pela liderança da indústria mundial em saúde animal.
Numa nota enviada às redações, a empresa revela que depois de 2016, um ano com resultados positivos para a área da saúde animal, esta área de negócio foi “identificada como uma prioridade de desenvolvimento estratégico a longo-prazo para a empresa”.
“A aquisição da Merial posiciona-nos de forma imediata como altamente competitivos num sector de elevado crescimento que se encontra em fase de consolidação. Ao combinar duas empresas dinâmicas que partilham a mesma visão estratégica de longo-prazo dispomos de um portefólio de produtos e serviços mais abrangente e inovador para evitar doenças e melhorar a saúde dos animais por todo o mundo”, explica Joachim Hasenmaier, Diretor da Unidade de Negócio de Saúde Animal e membro do Conselho de Administração da Boehringer Ingelheim.
A Boehringer Ingelheim refere também que entre 2017 e 2030 prevê-se que “o mercado de saúde animal duplique, chegando aos 53 mil milhões de euros. Este crescimento será impulsionado por três grandes tendências: o aumento da procura de carne animal em virtude da evolução demográfica, o aumento da procura e diversificação no mercado de animais domésticos e aumento das ameaças à saúde resultante da propagação de doenças infeciosas de animais (gripe aviária, doença de mão-pé-boca, etc.).”
“Vemos como uma oportunidade importante capitalizar a evolução das tendências e as necessidades críticas para evitara doença e tratar os animais em todo o mundo”, acrescenta Joachim Hasenmaier. “Vamos fazê-lo assegurando a integração progressiva dos nossos negócios, alargando a nossa liderança à vacinação e aos programas de controlo de parasitas, e desenvolvendo soluções para o cuidado de animais domésticos. A nossa ambição é desenvolver novos produtos e soluções que correspondam às necessidades ainda não satisfeitas dos consumidores, com a investigação e desenvolvimento a liderar o investimento de até 10%.”
A empresa prevê ainda que o negócio da saúde animal represente no futuro mais de 25% da receita total da Boehringer Ingelheim e empregue mais de 10000 pessoas.