“A descoberta de vida a semelhante profundidade lança luzes sobre a forma como olhamos para a vida na Terra”, afirmou Sofia Reboleira.
Os insetos, minúsculos, sem asas nem olhos, são denominados colêmbolos (Arthropoda, Insecta, Collembola) e foram descobertos durante os trabalhos bioespeleológicos de Ana Sofia Reboleira, da Universidade de Aveiro, durante a expedição Ibero-Russa do CAVEX Team à “gruta mais profunda do mundo” no verão de 2010.
Trata-se “da última espécie do animal terrestre mais profundo de sempre, ao ser descoberto à impressionante profundidade de 1980 metros abaixo da entrada da cavidade”, explicou a bióloga.
Estes animais vivem, segundo Sofia Reboleira, em “total ausência de luz, com recursos alimentares extremamente escassos” e possuem “adaptações únicas”. São desprovidos de pigmentação, não possuem olhos e “desenvolveram estratégias morfo-fisiológicas que lhes permitem viver a grandes profundidades, durante milhões de anos”.