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Animais de Companhia

Fundação para Bem-Estar Animal financia investigação sobre motivos de compra de cães durante confinamento

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A Fundação para o Bem-Estar Animal (Animal Welfare Foundation – AWF) vai financiar uma investigação sobre as motivações que levaram as pessoas a comprar cachorros durante o confinamento no Reino Unido.

Além deste, serão financiados pela AWF outros projetos: dois que pretendem avaliar de que forma a pandemia de covid-19 está a afetar a saúde e o bem-estar dos cães,  dois sobre a prorrogação da eutanásia, e um sobre o impacto no bem-estar dos diferentes métodos de controlo de ratos.

 

Em maio, a instituição britânica de solidariedade social canina Dogs Trust mudou o seu slogan de “Um cão é para a vida, não apenas para o Natal” para “Um cão é para toda a vida, e não apenas para a quarentena” depois de se ter verificado um crescimento exponencial de pesquisas de animais para adoção. A instituição apelava à ponderação das pessoas e pedia que questionassem se estavam efetivamente preparadas para ter cães ao seu cuidado.

No início de maio, a empresa Propellernet divulgou dados que indicavam que as pesquisas do Google “comprar um cão” aumentaram 120% no mês de confinamento e “adotar um cão” registou um crescimento de 133%.

 

Agora, o projeto “cachorros pandémicos”, conduzido por Rowena Packer, professora de comportamento e ciência do bem-estar animal de companhia no Royal Veterinary College, no Reino Unido, analisará o recente aumento das vendas de cães: quem os comprou, porquê e como é que os cães foram comprados durante o confinamento (entre março e junho de 2020).

Este ano, a AWF recebeu 38 candidaturas para o financiamento que oferece anualmente a investigadores que queiram realizar projetos sobre o bem-estar animal. A fundação pediu aos candidatos que baseassem as suas ideias nas prioridades de bem-estar, com base num recente Estudo Delphi sobre as preocupações prioritárias nesta matéria.

 

“Muitos compradores que adquiriram o seu cachorro sem pesquisa adequada podem arrepender-se de o ter feito mais tarde quando regressam ao trabalho ou quando os efeitos económicos começam a afetar as suas finanças”, explica Chris Laurence, presidente da AWF.

“Para estarmos preparados para as potenciais consequências, precisamos de compreender melhor o que ocorreu, e como as consequências podem ser mitigadas através de conselhos e formação aos donos dos cachorros.”

 

Segundo Packer, o projeto vai fazer um balanço de “como e porquê os novos donos foram comprar os seus cachorros durante o confinamento, e os seus planos futuros para os seus cães” para, posteriormente, serem identificadas “vulnerabilidades à saúde, comportamento e bem-estar desta população de cachorros”, para que seja possível promover formas de salvaguardar o seu futuro.

Também em Portugal se registou um aumento das adoções em algumas associações. A Associação São Francisco de Assis – Cascais, entidade participada pelo município e que tem como objetivo proteger os animais de companhia abandonados ou perdidos, registou uma taxa de 83% no número de adoções efetuadas no mês de maio. Das 53 visitas à associação com o intuito de adotar um animal, 44 foi o número de adoções efetivadas.

Só no mês de maio, registaram-se 28 adoções de cães, de entre as 36 visitas efetuadas e 16 adoções de gatos, de entre as 17 visitas que se realizaram, o que representou uma taxa de adoção para os cães na ordem dos 78%, deixando os gatos à frente com uma taxa de adoção de 94%.

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