Um estudo realizado pela Universidade Cornell, nos EUA, concluiu que o esgotamento ou esgotamento profissional causou um prejuízo de 2.000 milhões de dólares anuais à indústria veterinária, quase 4% do valor total do setor, informa o PortalVeterinaria.
O diretor do estudo – publicado na Frontiers of Veterinary Science −, Clinton Neill, e a vice-diretora de análise estatística da American Veterinary Medical Association ( AVMA), Charlotte Hansen, destacam a importância de mostrar o impacto financeiro do burnout na medicina veterinária, para começar a tomar medidas com vista a amenizar o problema. A pesquisa de Neill mostrou que mais da metade dos veterinários sofria de burnout, com base em 15.315 pesquisas de profissionais nos EUA que foram usadas para calcular a prevalência de burnout, rotatividade e redução de horas de trabalho.
De acordo com este e outros estudos sobre a prevalência de burnout profissional em medicina veterinária, este é maior entre os veterinários do sexo feminino, recém-formados, com défice educacional, e os que passam a maior parte do tempo com cães e gatos.
A solução para o problema
De acordo com o PortalVeterinaria, o próximo passo da investigação passa por encontrar soluções. “Esta é uma questão trabalhista que afeta a indústria”, explica o diretor do estudo, “por isso queremos trazer uma visão diferente, do ponto de vista organizacional, em vez de dizer aos profissionais que têm de lidar com isso sozinhos”.
Os investigadores sugerem que a medicina veterinária siga os passos da medicina humana, que demonstrou com sucesso uma abordagem dupla para lidar com problemas relacionados ao trabalho e fornecer suporte na vida pessoal do trabalhador.
“Os gestores podem aprimorar os seus processos de comunicação e de trabalho em equipa que facilitam a discussão sobre a melhor forma de trabalhar e superar os problemas”, explica Sunita Sah, diretora do Institute for Academic Leadership da Universidade Cornell e professora associada de administração e organizações. A comunicação aberta pode levar a melhorias que atendem a todos, além de criar um ambiente psicologicamente seguro para os funcionários expressarem as suas preocupações sem medo de retaliação, acrescenta. “Ambientes de trabalho que são percebidos pela equipa como psicologicamente seguros demonstraram ter menos stresse, rotatividade e esgotamento”, nota o diretor do estudo.