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Atingir resultados mais rápidos na dermatologia e com menos tempo de consulta? Já é possível!

Sabe-se que as condições de pele são uma das principais razões que levam os animais aos CAMV, mas também um dos principais motivos de desistência das consultas. Habitualmente com períodos de tratamento morosos, estas patologias tendem a prolongar-se no tempo, mas já existem ferramentas no mercado que possibilitam acelerar estes processos. Conheça as novidades nesta área.

A dermatologia é umas das disciplinas da medicina veterinária que tem testemunhado um maior desenvolvimento, com novidades ao nível da investigação e nova evidência científica a surgir. Foi este o tema que motivou a conversa do 17º episódio do Podcast da Veterinária Atual, que teve como protagonista a médica veterinária, Carolina Mesquita. A necessidade do mercado foi o que levou a profissional a enveredar pela dermatologia veterinária, em busca de respostas para a multiplicidade de casuística que verifica.

 

foto revista

 

 

Sabe-se que as condições dermatológicas são uma das principais razões que levam os animais às clínicas veterinárias, mas também são um dos principais motivos de desistência das consultas. Carolina Mesquita identifica dois motivos para este fenómeno: a dificuldade no diagnóstico e a gestão de espectativas dos clientes. “A pele não é fácil de diagnosticar. As lesões que vemos são reduzidas, os sinais clínicos muitas vezes são poucos, mas a origem pode ser variada e, se não acertarmos na causa, o tratamento não surte efeito”, explica a médica veterinária, notando que se ao fim de um mês de tratamento não existirem resultados, é muito difícil convencer o tutor a regressar à clínica.

Na pele, os tratamentos podem ser morosos e a compliance do tutor nem sempre é fácil de garantir. Neste circuito é preciso saber gerir as espectativas dos clientes. “É muito difícil conseguir resolver estas questões em menos de um mês. Há tutores que em menos de 15 dias param o tratamento porque acham que a situação melhorou, depois o problema volta e assumem que não resultou. Por outro lado, também existem aqueles que ao fim de duas semanas de tratamento, sem resultados, acabam por desistir”, revela.

 

Muitas das condições dermatológicas são crónicas, podem não ter uma cura definitiva, e é preciso passar esta mensagem aos tutores. “A comunicação com o cliente é fundamental”, nota.

Benefícios da energia lumínica FLE

 

A médica destaca ainda a evolução da evidência científica, com o surgimento frequente de novos produtos por parte de empresas e laboratórios. Atualmente, encontram-se algumas técnicas em desenvolvimento na área das células estaminais e da fototerapia”, menciona Carolina Mesquita, evidenciando que a terapia lumínica está a ter bons resultados.

A profissional debruça-se sobre a utilização desta técnica e os benefícios que dela podem advir. “A luz utilizada tem efeito de interação no tecido da pele. A luz é emitida, utiliza-se um gel foto conversor, e a partir daí consegue-se um benefício anti-inflamatório e de regeneração dos tecidos. Interfere com fatores de crescimento, de revascularização e, através da sua aplicação, conseguem-se melhores resultados e em menos tempo.”

A sua aplicação pode ter impacto também na redução do tempo de utilização de antibióticos e, em alguns casos, evitar mesmo a sua administração. “Por exemplo, num hot spot, numa piodermite de superfície, ao reduzir a inflamação e ativando a regeneração do tecido posso nem sequer necessitar de utilizar o antibiótico”, considera.

Conheça mais detalhes e em que situações pode ser utilizada esta técnica no Podcast da Veterinária Atual.

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