Mais de metade dos tutores de animais de estimação não levam o seu gato ao médico veterinário. Os dados foram divulgados pela marca de alimentação animal Royal Canin e têm por base um estudo realizado a 4 437 cuidadores primários de gatos, a nível mundial, sobre a relação dos tutores de gatos com os veterinários (agência SKY, 2018).
Uma vez que o aconselhamento veterinário é fundamental nos momentos-chave da vida dos animais de companhia, a Royal Canin apelou à alteração destes hábitos por parte dos tutores e pretende incentivar as visitas regulares ao médico veterinário, procurando aumentar a prevenção e a deteção precoce de diversas patologias, contribuindo para a melhoria da saúde e bem-estar dos gatos.
Os especialistas da marca aconselham a uma consulta de rotina pelo menos uma vez por ano.
“É importante realizar exames aos nossos gatos e não ir ao médico veterinário apenas quando já estamos a seguir um tratamento. Este cuidado é crucial para garantir a prevenção, a deteção precoce e a redução do impacto de uma possível doença”, explica Thierry Correia, médico veterinário da Royal Canin.
“Os gatos são reservados por natureza e têm tendência a esconder qualquer tipo de fraqueza ou debilidade, aumentando desta forma a sua autodefesa perante qualquer predador ou ameaça. Isto significa que quando observamos os primeiros sinais de doença, a realidade é que a patologia já estará bastante desenvolvida”, esclarece a marca em comunicado.
Neste sentido, mais de metade dos tutores de animais de estimação afirma ter ido a uma consulta depois do seu gato ter apresentado alguns sinais clínicos concretos.
Isto porque, de acordo com o estudo, 38% dos tutores pensam que o problema com o gato vai acabar por se resolver sozinho; 22% indicam que a visita ao médico veterinário é stressante para o seu gato; 17% indicam que o comportamento se deve aos custos económicos e, finalmente, 14% dos inquiridos referem que tentam evitar sentir-se pressionados pelos tratamentos a fazer.
Contudo, dois em cada três tutores de animais de estimação indicam que aumentariam a frequência das consultas no médico veterinário se o processo da visita fosse mais simples. Os tutores apontam alguns fatores que dificultam a visita, como o stresse do animal antes da visita, a dificuldade em fazê-lo entrar na caixa transportadora e o desconforto do animal na sala de espera da clínica.
Os especialistas da Royal Canin reuniram vários conselhos para tornar as visitas ao veterinário mais agradáveis para os gatos.
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Inicie visitas regulares desde que são pequenos
Além de ser crucial para garantir o seu correto desenvolvimento e satisfazer as necessidades nos primeiros meses de vida, as visitas regulares ajudam-nos a habituarem-se a eliminar o stresse desde o início e a aceitar com normalidade as visitas ao veterinário.
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Escolha uma caixa transportadora adequada
É importante escolher uma boa caixa transportadora, com uma estrutura sólida e que seja segura e estável. Também é vantajoso que tenha várias portas, nas áreas superior e lateral, ou que o centro possa ser removido.
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Habitue o gato à transportadora
Os tutores devem ajudar o gato a sentir-se confortável desde cedo. Para isso, os especialistas aconselham a deixar a transportadora aberta numa área da casa para que o gato possa entrar e brincar. Além disso, ajudará se colocarem um cobertor ou brinquedo lá dentro que lhes seja familiar.
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Aprenda a interpretar o comportamento do gato
A consulta não é um ambiente familiar para os gatos. Existem muitos fatores externos, como a luz e cores, cheiros ou sons que os farão aumentar o seu estado de alerta e sentirem-se ansiosos. Para evitar isto, a Royal Canin recomenda cobrir o transportador com um cobertor ou algo semelhante, bloqueando desta forma a entrada destes estímulos.
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Escolha uma clínica o mais adaptada possível a gatos – cat friendly
Os espaços veterinários têm cada vez mais em conta as necessidades dos gatos. Por exemplo, têm áreas específicas para gatos, por forma a evitar o encontro direto com cães ou outros animais de estimação, ou espaços com menor ruído ou taxa de luminosidade.
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Esteja atento aos detalhes na sala de espera
Coloque o transportador numa área elevada – não no chão –, evite movimentos bruscos, fale com ele com tranquilidade, evite o contacto direto com outros animais, entre outros aspetos.
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Tranquilidade no regresso a casa
O gato terá todo o gosto em voltar. Ajude-o a tornar este processo tranquilo, abrindo a transportadora com calma e permitindo-lhe inspecionar as diferentes áreas da casa.