Um estudo do Royal Veterinary College (RVC) identificou as principais doenças que afetam tartarugas, cágados e quelónios de estimação no Reino Unido. A investigação, baseada em mais de 2.000 registos clínicos veterinários, revelou que as anomalias no bico córneo, unhas excessivamente crescidas e deformidades no casco são as questões de saúde mais comuns nestes animais.
De acordo com a análise, a maioria dos casos analisados dizem respeito a tartarugas terrestres, sendo que, as doenças observadas estão frequentemente associadas a práticas inadequadas de manutenção e alimentação por parte dos tutores.
Apesar de algumas espécies de tartarugas viverem até aos 100 anos, o estudo constatou que a idade média de morte dos animais analisados foi de apenas 7,3 anos, indicando uma elevada taxa de mortalidade precoce. Neste sentido, os investigadores recomendam check-ups veterinários anuais e uma maior sensibilização dos tutores para as necessidades específicas destes répteis.
“Esta investigação forneceu-nos uma base para começar a entender o que os veterinários observam atualmente, na prática, e, portanto, dá-nos uma visão geral da saúde da população de tartarugas”, referiu Jessica May Hornby, cirurgiã veterinária de animais exóticos e principal autora do estudo.
E continua: “as pessoas já não se cingem por ter apenas as espécies mais comuns de animais de companhia, como cães e gatos, por isso, estes dados são vitais para entender onde e como os tutores e veterinários precisam de mais apoio e treino para garantir que estes pequenos animais recebam os cuidados veterinários de que precisam, especialmente quando muitos deveriam facilmente viver mais do que nós”.
O estudo foi publicado na revista científica PLOS ONE e faz parte do programa VetCompass do RVC, que visa melhorar a saúde e o bem-estar dos animais de companhia através da investigação clínica.