O relatório anual “One Health” da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA, na sigla em inglês) e do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês) nota que a pandemia de covid-19 levou a uma queda, que variou entre 7 e 53% – dependendo da doença-, das notificações de zoonoses em humanos e surtos alimentares na Europa.
Em 2020, a campylobacteriose foi a zoonose mais relatada na União Europeia, com 120, 946 mil casos em comparação com mais de 220 mil no ano anterior. Seguiu-se a infeção por salmonela, que afetou 52, 702 mil pessoas, contra 88 mil em 2019. O número de focos de alimentação reportados também diminuiu 47%, nota o Portal Veterinaria.
Entre os possíveis fatores estão as alterações na procura de cuidados de saúde, as restrições em viagens e eventos, os encerramentos de restaurantes, as quarentenas, o confinamento e outras medidas de mitigação, como o uso de máscaras, distanciamento físico e desinfeção das mãos.
As infeções pelo vírus da listeriose e do Nilo Ocidental foram as doenças com as taxas mais elevadas de mortalidade e hospitalização, e a maioria das infeções humanas do vírus do Nilo Ocidental foram relatadas na Grécia, Espanha e Itália.
O relatório analisa igualmente os surtos alimentares na UE, em que pelo menos duas pessoas contraem a mesma doença ao comerem os mesmos alimentos contaminados. Um total de 3 086 focos alimentares foram registados em 2020. A salmonella continuou a ser o agente mais detetado, causando cerca de 23% dos surtos. As fontes mais frequentes de surtos de salmonelose foram os ovos, os produtos com ovos e a carne de porco.