Na data em que se celebra o Dia Mundial Contra a Raiva, 28 de setembro – em homenagem a Louis Pasteur, o cientista francês que desenvolveu a primeira vacina contra a raiva –, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) associa-se à campanha “Acabar com a Raiva: colabore, vacine”, reforçando a importância da vacinação em animais suscetíveis à doença.
Esta iniciativa foi criada e coordenada pela Global Alliance for Rabies Control (GARC ou Aliança Global para o Controlo da Raiva), em parceria com vários organismos públicos e privados, além de comunidades de voluntários em todo o mundo.
Apesar de em Portugal não se registarem casos de raiva desde 1961, esta zoonose continua a ser um grave problema em vários países no mundo. Mesmo com o esforço da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para travar a transmissão da doença, esta ainda mata cerca de 59 mil pessoas por ano. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), regista-se uma morte a cada nove minutos devido a esta doença, sobretudo em crianças até aos 15 anos.
Além disso, mais de 95% dos casos de raiva em humanos devem-se ao contacto com cães infetados, pelo que a solução passa por vacinar os cães. Assim, a campanha defende que através da vacinação de, pelo menos, 70% dos cães, é possível erradicar quase todos os casos de raiva em humanos.
“O logótipo adotado para a celebração do Dia Mundial da Raiva representa a complexidade da raiva, que pode infetar os seres humanos, os animais domésticos e os animais selvagens. A raiva não respeita fronteiras, em especial nas populações de animais selvagens, por isso é importante a cooperação entre os países para o controlo eficaz da raiva, seguindo o conceito ‘Animais + Humanos = Uma só Saúde’, uma estratégia mundial para promover a colaboração e a comunicação interdisciplinar em todas as vertentes dos cuidados de saúde humana e animal”, refere o documento de apresentação da iniciativa.
A campanha disponibiliza vários recursos de apoio à realização de ações educativas e de divulgação nas redes sociais #rabiesendshere no Twitter, por exemplo.
Recorde-se que, em 2015, a OIE, a OMS, a GARC e a FAO estabeleceram como meta a ausência de mortes humanas por raiva até 2030. Além da prevenção da raiva transmitida por cães através de uma melhor consciencialização e de campanhas de vacinação, o plano das associações visa o acesso a cuidados de saúde e a medicamentos para a população em risco.