Os antibióticos têm perdido terreno devido à emergência de novas bactérias cada vez mais resistentes aos fármacos e de acordo com Marcel Jaspars, docente de química na University of Aberdeen, Escócia, se não se fizer nada para contrariar esta diminuição de antibióticos novos e eficientes haverá “uma retoma da ‘era do pré-antibiótico’ em cerca de 10 a 20 anos, em que as bactérias e infeções que são atualmente fáceis de curar poderão tornar-se fatais”.
O projeto, financiado em 9,2 milhões euros pelo fundo europeu, reúne 24 parceiros na Bélgica, Grã-Bretanha, Chile, China, Costa Rica, Dinamarca, Alemanha, Irlanda, Itália, Nova Zelândia, Noruega, África do Sul, Espanha e Suíça.
Os cientistas que participam neste projeto vão proceder à recolha e rastreio de amostras de lama e sedimentos das fossas oceânicas do alto mar à procura de bactérias desconhecidas para a produção de novos antibióticos. As amostras recolhidas serão cultivadas em meio de cultura para posterior identificação de bactérias e fungos que possam ser utilizados na produção de novos fármacos eficazes contra estes microrganismos.