Entre 1 de abril e 31 de março de 2011, a rede de Leishnet desenvolveu um trabalho de vigilância epidemiológica para estudar a leishmaniose canina e propor formas de combater a prevalência de uma “doença que deve ser seguida de perto, pois constitui um risco para a Saúde Pública”, avisa Carla Maia, membro do ONLeish.
Segundo o relatório, dos 1278 cães rastreados foram detetados 864 animais suspeitos, sendo que foram diagnosticados 359 casos positivos, dos quais 266 são novos casos de doença. Lisboa foi a região com mais casos positivos (79).
A maioria dos novos casos de leishmaniose aponta para animais que vivem a maior parte do tempo ou exclusivamente fora de casa, cerca de 48%. A pelagem também parece ter influencia, uma vez que a incidência nos cães de pêlo curto ou médio é maior do que nos animais de pêlo comprido.
Carla Maia alerta ainda que “o uso de coleiras ou pipetas especiais deve ser uma constante não só nos animais não doentes, mas também nos animais doentes”.
A Leishnet, criada em 2010 pelo ONLeish, contou em 2011 com um aumento de 20% na participação das clínicas veterinárias, relativamente ao último relatório apresentado. “Alargar a rede de clínicas veterinárias participantes e o correto preenchimento dos dados” são os objetivos que Carla Maia espera alcançar no próximo relatório, que se estima estar concluído em Abril de 2012.