iStock O Eurogroup for Animals, grupo de defesa dos direitos dos animais, foi aceite para integrar o Conselho Europeu da Agricultura e Alimentação (EBAF, na sigla em inglês), juntando-se assim às 29 outras partes interessadas do setor agroalimentar na formulação de recomendações sobre as políticas agrícolas da União Europeia (UE).
O EBAF trata-se de um conselho consultivo criado pela Comissão Europeia (CE), na sequência do Diálogo Estratégico sobre o Futuro da Agricultura.
Com a pecuária a representar quase 40% da produção agrícola da UE, o bem-estar animal “é um componente crucial da agricultura sustentável e não apenas uma obrigação ética, mas também essencial para fortalecer a resiliência e a competitividade do setor”, defende o Eurogroup.
Desta forma, o grupo de defesa dos direitos dos animais sublinhou que um melhor bem-estar dos animais tem um impacto direto na saúde pública, uma vez que os sistemas agrícolas extensivos ao respeitarem normas que impulsionem o bem-estar animal e a sua saúde podem conduzir a uma redução da utilização de antibióticos, a uma diminuição do risco de doenças zoonóticas e a um produto mais seguro e de melhor qualidade para o consumidor.
Segundo o grupo de defesa, uma legislação harmonizada em matéria de bem-estar dos animais abordaria as disparidades na regulamentação em toda a UE e garantiria condições de concorrência equitativas para os agricultores, aumentando simultaneamente a transparência e a confiança dos consumidores.
“Como uma organização guarda-chuva que representa mais de cem grupos de proteção animal, estamos entusiasmados em colaborar com outras partes interessadas para garantir que tanto os cidadãos quanto os animais sejam ouvidos”, referiu Reineke Hameleers, CEO do Eurogroup for Animals.
E continua: “o bem-estar animal é um componente essencial de práticas agrícolas sustentáveis e preparadas para o futuro e deve estar no centro do debate. Esperamos levar em frente o espírito colaborativo expresso durante o diálogo estratégico, minimizar a polarização do debate agrícola em Bruxelas e avançar para um plano de ação concreto sobre a transição para práticas agrícolas de elevado bem-estar animal”.
