Quantcast
Animais de Companhia

Britânicos preferem cães de raças braquicefálicas com traços mais moderados

Britânicos preferem cães de raças braquicefálicas com traços mais moderados iStock

Uma nova investigação conduzida pelo Royal Veterinary College (RVC), no Reino Unido, revelou que o público britânico prefere cães de raças braquicefálicas com conformações corporais menos extremas.

Segundo o estudo, os cães com traços moderados são vistos como mais atraentes, saudáveis, éticos e desejáveis para adoção, além de provocarem maior bem-estar emocional nos observadores.

 

O estudo baseou-se num inquérito online a quase 5.000 pessoas, utilizando imagens geradas por inteligência artificial (IA) que representavam versões menos extremas, típicas e muito extremas de três raças braquicefálicas comuns: o Bulldog Francês, o Pug e o Bulldog Inglês.

Os participantes avaliaram as imagens com base em cinco critérios: atratividade, perceção de saúde, sensação de felicidade provocada pela aparência do cão, ética da criação e vontade de ter o animal.

 

Os resultados foram claros: as versões menos extremas das três raças foram as preferidas em todas as categorias avaliadas. As variantes moderadas superaram consistentemente as versões típicas e, por sua vez, estas últimas obtiveram pontuações superiores às versões com traços mais extremos.

A investigação também concluiu que os tutores de cães braquicefálicos de raça pura mostraram uma tendência a pontuar de forma mais positiva todas as versões, incluindo as mais extremas. Ainda assim, mesmo neste grupo, verificou-se uma preferência constante pelas imagens com traços físicos menos acentuados.

 

Segundo os investigadores, estas conclusões oferecem oportunidades significativas para reverter a normalização de conformações corporais extremas nestas raças, que estão fortemente associadas a problemas graves de saúde e bem-estar.

“Este estudo demonstrou que a preferência geral recai sobre cães de raças braquicefálicas com conformações corporais menos extremas, mesmo entre aqueles que se sentem atraídos pelas características atualmente mais exageradas. Isto sugere que os padrões de raça atuais poderiam ser ajustados para reduzir a glorificação destes traços físicos extremos, promovendo assim uma melhor saúde, sem comprometer a popularidade ou a procura”, afirmou Elizabeth Youens, estudante de mestrado no RVC e autora principal do estudo.

 
Este site oferece conteúdo especializado. É profissional de saúde animal?