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Médicos Veterinários

OMV associa-se ao apelo das Ordens da Saúde em Portugal por estabilidade e valorização profissional

OMV associa-se ao apelo das Ordens da Saúde em Portugal por estabilidade e valorização profissional iStock

Numa ação inédita, as dez Ordens Profissionais da saúde em Portugal, incluindo a Ordem dos Médicos Veterinários (OMV), que representam mais de 256 mil profissionais, uniram forças para exigir ao novo Governo e aos partidos políticos medidas urgentes que garantam estabilidade, valorização profissional e uma visão integrada para o setor da saúde, alertando para o risco crescente de perda de talento nacional.

De acordo com o comunicado de imprensa, com a entrada em funções do novo Governo, as Ordens Profissionais da saúde expressaram a sua total disponibilidade para colaborar com o executivo na construção de “um sistema de saúde mais robusto, integrado e preparado para os desafios do século XXI”.

 

Estabilidade
As Ordens subscritoras reforçaram que a estabilidade é um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentado das profissões reguladas e para a definição e aplicação de políticas públicas eficazes na área da saúde.

Reter talento na saúde
Portugal enfrenta um desafio estrutural na retenção de profissionais de saúde, com diversos indicadores a apontarem para a saída crescente de quadros altamente qualificados. Esta realidade representa não só uma perda significativa do investimento público em formação, como também um empobrecimento do Serviço Nacional de Saúde e da capacidade de resposta global do sistema de saúde.

 

“Uma Só Saúde”
As Ordens subscritoras defenderam uma abordagem integrada assente no conceito de “Uma Só Saúde” (One Health), que reconhece a interligação essencial entre a saúde humana, animal e ambiental. Esta visão holística é fundamental para enfrentar os desafios atuais e futuros em saúde pública, promovendo respostas coordenadas, sustentáveis e centradas na prevenção.

Cooperação e integração
As Ordens Profissionais assumiram também o compromisso de reforçar a cooperação entre si e de desenvolver mecanismos de interoperacionalização, com o objetivo de potenciar o contributo de cada profissão e promover uma atuação mais coordenada, eficiente e centrada nas necessidades dos cidadãos. A integração e articulação entre diferentes áreas do saber são essenciais para garantir respostas de saúde mais completas, eficazes e sustentáveis.

 

Modernização legislativa
As Ordens Profissionais consideraram urgente a atualização da Lei-Quadro das Ordens Profissionais, de forma a adequá-la às realidades atuais e aos desafios emergentes das profissões reguladas. Esta modernização é essencial para garantir um enquadramento legal que respeite a autonomia das Ordens, promova a excelência profissional e responda eficazmente às exigências de um sistema de saúde em constante evolução.

Compromisso com Portugal
As Ordens Profissionais da saúde reafirmaram o seu compromisso firme e contínuo com o desenvolvimento do país e com a promoção do bem-estar de todos os cidadãos. Representando mais de 256 mil profissionais altamente qualificados, assumem um papel ativo na construção de um sistema de saúde mais justo, sustentável e orientado para as necessidades da população.

 

Apelo ao Governo
As Ordens Profissionais da área da saúde apelaram assim ao novo Governo, à Assembleia da República e aos partidos políticos para que coloquem a saúde e os seus profissionais no centro das prioridades do país.

Defenderam a necessidade de investir na modernização dos quadros legais e regulamentares, de implementar políticas eficazes de valorização dos profissionais de saúde, com especial atenção à prevenção de riscos no local de trabalho, como o stress e o burnout, e de promover o desenvolvimento de carreira e a retenção de talento.

Além disso, reforçam também a importância de reconhecer o papel central das profissões da saúde na estratégia de desenvolvimento nacional, de manter um diálogo permanente e efetivo com as instituições que representam estes profissionais, e de apostar na modernização tecnológica, incluindo a adaptação às novas tecnologias em saúde e aos modelos de telessaúde. Por fim, defendem o apoio à cooperação entre profissões e à aplicação do conceito de “Uma Só Saúde” em todas as decisões e níveis de gestão.

As Ordens Profissionais subscritoras deste apelo conjunto são: a Ordem dos Assistentes Sociais, a Ordem dos Biólogos, a Ordem dos Enfermeiros, a Ordem dos Farmacêuticos, a Ordem dos Fisioterapeutas, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Médicos Dentistas, a Ordem dos Médicos Veterinários, a Ordem dos Nutricionistas e a Ordem dos Psicólogos Portugueses.

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