Direitos reservados A alergologia veterinária está a entrar numa nova era. Com a chegada do diagnóstico molecular, os veterinários conseguem identificar com maior precisão os alergénios que desencadeiam reações alérgicas em cães, gatos e cavalos, possibilitando terapias mais específicas e eficazes.
No novo episódio do Podcast da Veterinária Atual, exploramos as inovações que estão a transformar o diagnóstico e tratamento das alergias em animais de companhia. A conversa conta com a participação de Thierry Olivry, líder de I&D da Nextmune, Luís Martins, professor na Universidade de Évora, e Augusto Silva, diretor técnico do Inno.
Um dos grandes avanços nesta área é o teste Pet Allergy Xplorer (PAX). A grande vantagem do PAX na imunoterapia “é a sua capacidade de identificar com precisão os alergénios realmente responsáveis pela reação alérgica, distinguindo-os de reações cruzadas”, começa por explicar Luís Martins. Esta abordagem evita incluir nas vacinas alergénios irrelevantes, o que melhora significativamente os resultados terapêuticos.
A imunoterapia é vista como a única intervenção capaz de alterar a resposta imunitária do animal. “Ao contrário de outros fármacos, a imunoterapia é uma intervenção imunostimuladora, pois ensina o sistema imunitário a reagir de forma não alérgica”, afirma Thierry Olivry.
No entanto, a decisão de avançar para este tratamento envolve várias variáveis. “A continuidade da imunoterapia por parte dos tutores depende tanto da sua eficácia quanto da rapidez com que surgem melhorias clínicas”, sublinha Augusto Silva.
Ouça o episódio completo aqui.
