iStock Com a chegada do verão, muitos tutores aproveitam o bom tempo e os dias longos para realizar mais atividades ao ar livre acompanhados dos seus animais de companhia. No entanto, além dos cuidados com o calor, os especialistas alertam para um risco menos visível, mas igualmente grave: as intoxicações em cães e gatos.
Segundo a American Animal Hospital Association (AAHA, sigla em inglês), esta época do ano traz consigo várias ameaças para os animais de companhia, desde alimentos tóxicos em churrascos a produtos químicos utilizados em jardins, sem esquecer os perigos associados a praias, rios e lagos.
Durante o verão, as tarefas de jardinagem e o controlo de pragas intensificam-se, o que implica frequentemente o uso de fertilizantes, pesticidas e outros químicos. Estas substâncias podem ser extremamente tóxicas se ingeridas ou mesmo inaladas pelos animais. Os especialistas recomendam que estes produtos sejam armazenados com segurança, longe do acesso dos cães e gatos.
Os especialistas também alertam que beber água do mar pode provocar intoxicação por sal, enquanto a exposição a algas verde-azuladas em rios, lagos ou lagoas pode ser fatal. Estas algas libertam toxinas que causam vómitos, diarreia com sangue, problemas cardíacos, respiratórios e até falência hepática ou renal — em casos graves, podendo levar à morte.
Os especialistas referem ainda que, entre os cães, os dados publicados indicam que nove em cada 10 ingerem substâncias tóxicas pelo menos uma vez na vida, mas o mais relevante é que 24% o fazem mais de cinco vezes ao longo da vida.
Face à elevada incidência de casos de intoxicação, a indústria veterinária tem vindo a desenvolver soluções específicas como, por exemplo, o primeiro colírio emético para cães, que permite induzir o vómito de forma rápida e não invasiva após a ingestão de substâncias tóxicas.
Deste modo, é ainda recomendando que os tutores estejam especialmente atentos durante os meses de verão, evitando deixar alimentos ao alcance dos animais, supervisionando o acesso a jardins e limitando o contacto com zonas de água potencialmente contaminadas.
