Um novo estudo da Universidade de Cambridge concluiu que malformações nos ossos pterigoides podem limitar os resultados das cirurgias em cães com síndrome obstrutiva das vias respiratórias dos braquicefálicos (BOAS).
A investigação, publicada no Journal of Small Animal Practice, analisou 144 cães braquicefálicos tratados entre 2015 e 2021 e concluiu que apenas 17% registaram bons resultados cirúrgicos, enquanto 19% apresentaram resultados fracos.
Nos bulldogs franceses, os piores resultados estavam associados a um “índice de medialização pterigoideia significativamente superior”, que mede a alteração da posição destes ossos.
Segundo os investigadores, “não existem atualmente opções cirúrgicas eficazes” para corrigir estas malformações, mas o índice pode ajudar os veterinários a prever melhor o sucesso da cirurgia e deve ser considerado em programas de criação para melhorar o bem-estar das futuras gerações.
Para Sze Lynn Yuen, autora principal do estudo, “a BOAS é uma doença complexa que engloba lesões anatómicas específicas de cada raça. O índice de medialização será útil para os veterinários na prática clínica, ajudando-os a definir o prognóstico antes da cirurgia. Seria benéfico identificar a relevância deste índice num conjunto de dados maior de pacientes com BOAS como próximo passo”.