iStock A Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica de Medicamentos Veterinários (APIFVET) alertou para os impactos crescentes das alterações climáticas na saúde animal, afetando tanto animais de companhia como de produção.
Segundo a Associação, o aumento das temperaturas médias, a maior humidade e as mudanças nos padrões de precipitação estão a criar condições favoráveis à proliferação de parasitas externos, como pulgas, carraças e mosquitos, o que se traduz num risco acrescido de zoonoses e outras doenças infeciosas.
“A realidade é clara: temos verões mais longos e invernos mais amenos. Esta transformação tem impacto direto no aumento da população de parasitas, com consequências sérias tanto na saúde dos animais como na saúde pública”, sublinhou Jorge Moreira da Silva, presidente da APIFVET.
De acordo com o comunicado de imprensa da Associação, a situação é “especialmente preocupante” nos sistemas de produção animal, onde o bem-estar e o desempenho dos animais são diretamente comprometidos.
Além disso, explica a APIFVET, A exposição contínua a parasitas e infeções traduz-se em “quebras significativas” de produtividade, afetando a rentabilidade dos produtores e tendo repercussões negativas na economia agrícola nacional.
Face a este cenário, a associação sublinhou a importância de implementar medidas preventivas e de vigilância, como a desparasitação regular, a monitorização dos ciclos de vida dos vetores e a adoção de práticas de maneio sustentáveis.
A par disso, defende ainda que a resposta a esta ameaça deve assentar na abordagem One Health, uma vez que garante a proteção não só dos animais, mas também das comunidades que deles dependem.
