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Esterilização e castração são decisivas para aumentar longevidade de cães e gatos

Esterilização e castração são decisivas para aumentar a longevidade de cães e gatos iStock

A esterilização e a castração surgem como os fatores mais determinantes para aumentar a esperança média de vida de cães e gatos, concluiu um estudo realizado na Coreia do Sul, que analisou quase duas décadas de registos clínicos.

O estudo recorreu a registos eletrónicos de seis hospitais veterinários de Seul, abrangendo informação sobre raça, sexo, estado reprodutivo, data de nascimento e data de morte de todos os animais com óbito verificado entre 1 de novembro de 2004 e 31 de dezembro de 2022.

 

Após o pré-processamento, os autores realizaram análises estatísticas descritivas, criaram curvas de sobrevivência e tabelas de vida específicas para cada espécie.

Nos cães, a idade média à morte foi de 3.427,49 dias (9,4 anos). Os animais esterilizados ou castrados apresentaram uma esperança de vida significativamente superior à dos cães que não passaram por algum destes procedimentos. Os cães de raça cruzada viveram mais, em média, do que os de raça pura.

 

Nos gatos, a idade média à morte foi de 1.965,49 dias (5,38 anos). Tal como nos cães, os gatos esterilizados ou castrados registaram maior longevidade do que os que não sofreram nenhum destes procedimentos. Neste caso, porém, os gatos de raça pura tiveram uma média de sobrevivência superior à dos animais de raça cruzada.

De forma global, o estudo revelou que animais esterilizados ou castrados têm menor risco de mortalidade e que as fêmeas, em ambas as espécies, apresentam menor risco do que os machos. Nos cães, os de raça cruzada revelaram menor risco de mortalidade do que os de raça pura; nos gatos, verifica-se a tendência inversa.

 

Os autores destacaram ainda que a esperança de vida de cães e gatos na Coreia do Sul é inferior à observada noutros países. Entre os fatores que podem contribuir para este cenário, apontaram a prática veterinária não licenciada por parte de alguns tutores, a menor utilização de seguros de saúde animal e uma possível menor procura de cuidados veterinários.

Segundo os investigadores, “o nosso estudo sublinha a importância de considerar uma ampla gama de fatores biológicos e relacionados com o cuidado ao avaliar a longevidade dos animais de companhia. Estas descobertas destacam intervenções práticas específicas, como a esterilização e a castração, e estabelecem bases para futuras investigações sobre influências genéticas e práticas de criação que possam melhorar a saúde e a longevidade dos animais de companhia na Coreia do Sul”.

 

Os cientistas enfatizaram ainda que “investigar a esperança média de vida e a mortalidade dos animais de companhia é crucial para desenvolver estratégias de saúde baseadas em evidência”.

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