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Novo estudo investiga ligação entre deficiência de imunoglobulina A e dermatite atópica canina

Novo estudo investiga ligação entre deficiência de imunoglobulina A e dermatite atópica canina iStock

Um novo estudo divulgado pela Associação Britânica de Veterinários de Pequenos Animais (BSAVA) concluiu que, cães com dermatite atópica canina (DAC), apresentam níveis significativamente mais baixos de imunoglobulina A (IgA) fecal quando comparados com cães saudáveis.

Segundo os cientistas, isto sugere uma possível relação entre a DAC e alterações da imunidade mucosa, indicando que a deficiência de IgA pode desempenhar um papel no desenvolvimento ou agravamento da doença.

 

O estudo teve como objetivo analisar se a deficiência de imunoglobulina A pode ser uma característica associada à dermatite atópica canina em cães de pequeno e médio porte.

Para chegarem a estas conclusões, os investigadores analisaram amostras de fezes e saliva de cães saudáveis e cães com DAC acompanhados no Hospital de Pequenos Animais da Universidade de Edimburgo. No total, participaram 32 cães com dermatite atópica e 35 controlos de 20 raças diferentes.

 

Os autores do estudo recordaram ainda que investigações em humanos sugerem que níveis mais elevados de IgA podem proteger contra doenças alérgicas, por isso, defendem que analisar a IgA fecal em cachorros de raças predispostas à doença poderá ajudar a compreender melhor como se desenvolve a tolerância imunitária.

A DAC tem origem genética e envolve alterações da barreira cutânea, respostas inflamatórias exageradas, alergias e desequilíbrios da microbiota da pele. Segundo os investigadores, uma barreira cutânea fraca facilita a entrada de alérgenos e microrganismos, desencadeando inflamação e prurido. A IgA, essencial na proteção das mucosas, pode desempenhar um papel importante na resposta imunitária destes animais.

 

Os investigadores enfatizam que esta doença é sobretudo predominante em raças como Golden Retriever, Labrador, Pastor Alemão, Bóxer, West Highland White Terrier e Bulldog Francês, bem como cruzamentos populares como Cockapoo e Cavapoo.

Além disso, destacam ainda a necessidade de mais investigação sobre a relação entre a IgA e a microbiota intestinal em cães com DAC.

 

 

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