Um grupo de investigadores publicou um estudo que sublinha a importância das consultas veterinárias de rotina no acompanhamento da saúde de cães seniores.
A investigação teve como objetivo avaliar o estado clínico de cães mais velhos aparentemente saudáveis e identificar as doenças que podem surgir ao longo de dois anos, bem como determinar fatores de risco associados à mortalidade.
O estudo acompanhou 122 cães seniores e geriátricos, tendo sido realizadas consultas com anamnese, exames físicos, análises de sangue e de urina no início do estudo e, posteriormente, de forma anual durante dois anos.
Logo no início, os cientistas verificaram que 20% dos cães aparentemente saudáveis apresentavam já, pelo menos, uma doença diagnosticada, o que reduziu a amostra de acompanhamento para 98 animais.
Entre as patologias mais frequentes identificadas durante os dois anos de observação destacaram-se a neoplasia (12% de incidência), a doença renal crónica (8%), doenças neurológicas (11%) e problemas ortopédicos (5%). Em quase metade dos casos de neoplasia maligna (47%), a deteção ocorreu através de exame físico detalhado, incluindo palpação cutânea, retal e de glândulas mamárias.
Os investigadores concluíram ainda que a idade foi o único fator associado à sobrevivência, referindo que cães geriátricos apresentaram maior risco de mortalidade do que cães seniores.
Segundo os autores, a realização de consultas periódicas é fundamental para identificar precocemente doenças crónicas, em particular a doença renal crónica, considerada de grande relevância em medicina veterinária.
Além disso, reforçam ainda a importância da vigilância regular através de análises, avaliação neurológica e ortopédica, bem como exames físicos completos.

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