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Animais de Companhia

Cães pré-históricos começaram a diversificar-se muito antes do estimado, diz estudo

iStock

Um novo estudo internacional revelou que os cães pré-históricos começaram a diversificar-se em tamanho e forma muito mais cedo do que se estimava e pouco depois de se separarem dos lobos.

A investigação, liderada pela Universidade de Exeter e pelo CNRS francês, realizou análises morfométricas de última geração a 643 crânios de cães e lobos, modernos e pré-históricos, datados dos últimos 50.000 anos, tornando-se o trabalho mais abrangente realizado até agora neste campo.

 

Segundo os investigadores, já no Mesolítico e no Neolítico os cães apresentavam uma grande variedade de formas e dimensões cranianas, com os cientistas a defenderem que esta diversidade precoce parece refletir as diferentes funções que desempenhavam nas primeiras sociedades humanas, desde a caça e pastorícia até ao acompanhamento quotidiano.

O cão doméstico mais antigo identificado foi encontrado na Rússia e tem cerca de 11.000 anos. A equipa encontrou também cães primitivos na América (8.500 anos) e na Ásia (7.500 anos), mostrando que a diversificação aconteceu rapidamente.

 

De acordo com os investigadores, a redução do tamanho do crânio ocorreu entre 9.700 e 8.700 anos, a variação no tamanho aumentou por volta de 7.700 anos e as diferenças de forma tornaram-se mais vincadas a partir de 8.200 anos.

O estudo evidenciou ainda que os primeiros passos da domesticação dos cães continuam difíceis de captar. No entanto, os cientistas concluíram que, uma vez surgidos, os cães se diversificaram rapidamente.

 

Segundo os investigadores, ao mostrar que a diversidade canina começou milénios antes do que se estimava, esta investigação abre novas linhas de estudo sobre o impacto das mudanças culturais e ecológicas humanas na evolução de um dos nossos companheiros animais mais antigos.

 

 
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